Foto: André Ribeiro/Agência Petrobrás

Os impactos econômicos e sociais da produção de petróleo pela Petrobrás na Margem Equatorial brasileira mostra que a atividade tem o potencial de criar 326.049 novos empregos formais, segundo estudo inédito da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado na sexta-feira (22).

A Margem Equatorial, localizada no Norte do Brasil, entre os estados do Amapá e Rio Grande do Norte, é considerada a nova fronteira do pré-sal. Além de gerar empregos e melhorar a vida de milhares de brasileiros, tem potencial para aumentar a arrecadação e promover o desenvolvimento regional e nacional.

A Petrobrás em seu plano de negócios para o período de 2023 a 2027 prevê a perfuração de 16 poços na região. A companhia vai destinar para a região 49% dos investimentos exploratórios no período, que somam US$ 6 bilhões.

“Os recursos obtidos com a produção de petróleo da Margem Equatorial podem contribuir para reduzir as desigualdades socioeconômicas crônicas das regiões Norte e Nordeste, que concentram o maior volume de pessoas em situações de pobreza e de extrema pobreza”, aponta a CNI.

De acordo com o estudo, a extração de petróleo pode adicionar R$ 65 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) acrescentando R$ 3,87 bilhões à arrecadação indireta.

Os cálculos da CNI tiveram como base o sistema de contas regionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2019, para isolar eventuais distorções por causa da pandemia. Eles foram levantados pelo Observatório Nacional da Indústria da CNI.

“Os valores obtidos poderão ser investidos em tecnologia para o desenvolvimento de novas formas de produção de energia verde e sustentável, uma vez que o petróleo é finito, para viabilizar a transição energética tão necessária. Mas, até que os combustíveis mais sustentáveis, como o hidrogênio verde, tenham escalabilidade industrial e sejam economicamente viáveis, o petróleo continuará sendo usado”, destacou o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Rafael Lucchesi.

A Margem Equatorial compreende os estados do Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão, Pará e Amapá.

O estudo considerou a estimativa de exploração de um poço por Estado, com capacidade de 100 mil barris por dia, ao preço do barril de US$ 80, com uma taxa de câmbio de R$ 4,93. O petróleo obtido seria exportado.

Com base nesse cenário, o potencial por Estado seria o seguinte:

Amapá: Valor adicional ao PIB de R$ 10,7 bilhões, um acréscimo de 61,2%. Criação de 53.916 empregos.

Pará: Valor adicional ao PIB de R$ 10,7 bilhões, um acréscimo de 6,2%.Criação de 51.706 empregos.

Maranhão: Valor adicional ao PIB de R$ 10,9 Bilhões, um acréscimo de 12,2%.Criação de 56.626 empregos.

Piauí: Valor adicional de R$ 10,7 bilhões ao PIB, um acréscimo de 21,5%.Criação de 52.828 empregos.

Ceará: Valor adicional de R$ 10,9 bilhões, um acréscimo de 7,2% no PIB. Criação de 56.669 empregos.

Rio Grande do Norte: Valor adicional ao PIB de R$ 10,8 Bilhões, um acréscimo de 15,9%. Criação de 54.304 empregos

O estudo considerou que cada estado produzirá as máquinas e equipamentos necessários para a produção de petróleo, demandando quantitativos de mão de obra de acordo com o volume de produção de cada estado.

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