Tropas de Netanyahu ocupam o Al Shifa | Foto: AFP

Morticínio perpetrado pelas forças de ocupação israelenses no maior hospital de Khan Yunes, na Faixa de Gaza, o Al Shifa, chega ao quarto dia nesta quinta-feira (21) com mais de 140 palestinos executados. Conforme admitiram os próprios invasores, “mais de 50 alvos” foram mortos nas últimas 24 horas.

O chefe do gabinete de comunicação social do governo de Gaza, Ismail Al-Thawabta, foi taxativo em denunciar o assassinato covarde de pacientes e civis que buscavam o Al Shifa como refúgio. “O exército de ocupação israelense pratica mentiras e enganos ao espalhar a sua narrativa como parte da justificação dos seus contínuos crimes que violam a lei, que violam o direito internacional e o direito humanitário internacional”, sublinhou.

Desde segunda-feira (18), quando iniciaram os ataques, o Ministério da Saúde de Gaza, vinha alertando que “os israelenses estavam disparando diretamente contra o edifício de cirurgia especializada com balas e a atingi-lo com mísseis”. O ataque resultou em um “número indeterminado de mártires e feridos”, esclareceu o Ministério, frisando que qualquer pessoa “que tentar se mover será alvo de balas de franco-atiradores e drones”.

TERRORISMO DE ESTADO DE ISRAEL

Conforme a Al Jazeera, desde o início do novo período de agressão israelense, 32 mil palestinos foram executados, mais de 74.000 ficaram feridos e 8.000 se encontram desaparecidos.

Um mês após a ação militar da resistência palestina, em 7 de outubro, o complexo médico foi invadido em novembro de 2023, sob a alegação de que o Al Shifa vinha sendo usado como “centro de comando” do grupo de resistência Hamás.

As forças israelenses não conseguiram apresentar as armas que disseram estar escondidas no hospital.

Desde aquela época as atrocidades vêm sendo condenadas pela comunidade internacional, devido à política de “punição coletiva” – típica das retaliações nazistas – implantada agora por Netanyahu. Ao longo da sua investida, os bombardeios israelenses deixaram os 2,3 milhões de habitantes do maior campo de concentração do mundo sem água potável, energia elétrica e até mesmo comida.

Em mensagem divulgada na quarta-feira (20), as tropas israelenses propagandearam que “como parte das buscas no hospital, localizaram 11 milhões de shekels em dólares e dinares jordanianos (3 milhões de dólares)” destinados ao Hamás. Também assumiram ter detido mais de 300 pessoas, dentre elas algumas “terroristas de alto escalão e ocupantes de posições-chave”. Cinicamente dizem ter abandonado a política de terrorismo de Estado, “evitando danos aos pacientes, funcionários e equipamentos”, multiplicando alimentos e distribuindo água aos mesmos a quem mata de sede.

Fonte: Papiro