Mercado erra projeção novamente e PIB brasileiro segue em alta
O mercado segue subestimando o fôlego da economia brasileira e, mais uma vez, teve de se render à realidade traduzida em uma série de recentes indicadores positivos. O mais novo é o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), considerado a prévia do PIB (Produto Interno Bruto), que avançou 0,60% em janeiro, conforme divulgado nesta segunda-feira (18).
A expectativa do mercado era de uma alta de 0,26%. Em 12 meses, o índice acumulou um aumento de 2,47% e de 3,45% na comparação com janeiro de 2022. No entanto, houve desaceleração em relação a dezembro, quando O PIB marcou avanço de 0,82%.
“Só hoje tivemos duas boas notícias: crescimento da prévia do PIB em janeiro de 2024 acima do esperado e queda do desmatamento na Amazônia no primeiro bimestre deste ano. Crescimento econômico e sustentável”, declarou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelas redes sociais, nesta segunda, após o anúncio.
Os setores de varejo e serviços tiveram destaque nesse resultado positivo. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou na quinta-feira (14), as vendas no comércio cresceram 2,5% em janeiro na comparação com dezembro. Foi a melhor evolução entre meses seguidos desde janeiro de 2023, quando a alta tinha sido igualmente de 2,5%.
Seguindo a mesma trajetória ascendente, o setor de serviços aumentou 0,7% em janeiro, resultado que também surpreendeu analistas, que apostavam em um recuo da ordem de 0,4%. Nos últimos três meses, o setor acumulou alta de 1,9%, ainda conforme o IBGE. Com isso, o segmento está 13,5% acima do nível medido em fevereiro de 2020, antes da pandemia.
Vale destacar, ainda, o cenário positivo constatado também no mercado de trabalho, que reflete os avanços econômicos que o país vem obtendo. Em janeiro deste ano, o Brasil registrou mais de 180 mil vagas com carteira assinada, de maneira que o saldo de empregos formais foi duas vezes maior do que o registrado em janeiro de 2023.
Não à toa, no mais recente Boletim Focus, do Banco Central, os analistas de mercado revisaram sua percepção, mantendo o viés de alta: se no ano passado a expectativa era de crescimento de 1,52% para este ano, agora o índice que apontam é de 1,78%.
com agências
(PL)