Foto: Agência Brasil

Em fevereiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,84%, segundo dados divulgados nesta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em janeiro deste ano, o IPCA fechou em 0,42%. Já em fevereiro de 2023, o índice havia sido de 0,84%.

De acordo com o IBGE, o chamado Índice de Difusão, que mede a proporção de bens e serviços que tiveram aumento de preços no período, caiu de 65,3% em janeiro para 57% em fevereiro. Por componente, Alimentícios ficou em 56% e Não alimentícios em 58%, percentuais menores dos que foram verificados no mês de janeiro (65% ambos).

No ano, o IPCA acumula alta de 1,25% e, nos últimos 12 meses, de 4,50%. Em 2023, para os mesmos períodos analisados, a inflação se encontrava em alta de 1,37% e 5,60%, respectivamente.

Assim, a inflação no Brasil segue sob controle, o que pressiona o Banco Central (BC) a reduzir ainda mais a taxa básica de juros (Selic), que neste ano ainda se mantém em níveis elevados (11,25% ao ano) e com força para restringir a demanda de bens e serviços e os investimentos no país. 

A aceleração do indicador oficial de inflação (+84%) foi puxada pelos preços de Educação, que na passagem de janeiro para fevereiro avançaram 4,98%, sendo o maior crescimento e o maior impacto (0,29 ponto percentual – p.p.) no índice geral.

O gerente de pesquisa do IBGE, André Almeida, explica que “esse resultado se deve aos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo”.

Em Educação, pesou o aumento dos cursos regulares (+6,13%). As maiores altas nos preços vieram do ensino médio (+8,51%), do ensino fundamental (+8,24%), da pré-escola (+8,05%) e da creche (+6,03%). Também foram observados aumentos no curso técnico (6,14%), ensino superior (+3,81%) e pós-graduação (+2,76%).

Além de educação, outros cinco grupos pesquisados tiveram alta em fevereiro. Destaque para a alta dos preços dos alimentos (+0,95%), impactados pelo “clima, por conta de temperaturas mais elevadas e um maior volume de chuvas”, explica Almeida.

No mês, houve avanços nos preços da alimentação no domicílio (1,12%). Subiram no período os preços da cebola (+7,37%), da batata-inglesa (+6,79%), das frutas (+3,74%), do arroz (+3,69%) e do leite longa vida (+3,49%). 

Os preços em Transportes (+0,72%) também variaram em alta no mês passado ante ao aumento dos preços do etanol (4,52%), o gás veicular (0,22%), o óleo diesel (0,14%) e, principalmente, da gasolina (2,93%), que apresentou o maior impacto individual de toda a pesquisa (0,14 p.p.). Já os preços das passagens aéreas recuaram em 10,71% de um mês para o outro.

Por outro lado, os preços de Vestuário (-0,44%) e Artigos de residência (-0,07%) registraram quedas no segundo mês de 2024.

IPCA por grupos pesquisados

  • Educação  (4,98%)
  • Alimentação e bebidas (0,95%)
  • Transportes (0,72%)
  • Habitação (0,27%)
  • Artigos de residência (-0,07%)
  • Vestuário (-0,44%)
  • Saúde e cuidados pessoais (0,65%)
  • Despesas pessoais (0,05%)
  • Comunicação (1,56%)

Fonte: Página 8