Metralhar palestinos nas filas por comida é mais um passo no genocídio israelense em Gaza | Foto: Hatem Ali/AP

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, condenou o massacre no qual foram mortos mais de 100 palestinos e outros mais de 800 ficaram feridos quando se aproximavam de caminhões com ajuda humanitária transportada ao norte da Faixa de Gaza, a região mais castigada pelas hordas de Netanyahu desde o dia 7 de outubro.

Guterres exigiu um “imediato cessar-fogo humanitário”.

Segundo o seu porta-voz, Stephane Dujarric, Guterres “mais uma vez conclama por passos urgentes a serem dados para que a ajuda humanitária crítica possa chegar ao interior e ao longo de Gaza a todos que dela necessitam.

“A hostilidade continuada e outros desafios continuam a barrar nossos esforços para chegar até os civis em Gaza com ajuda em saúde e alimentos capazes de salvar vidas”.

A secretaria-geral da ONU está ciente das mortes de palestinos por desidratação e desnutrição e “exige investigações sobre os responsáveis por estas mortes”, declara Dujarric.

As declarações da direção da ONU foram proferidas assim que se soube do ataque a tiros de metralhadora contra centenas de palestinos concentrados perto de caminhões com alimentos.

Até o momento, o número de mortos desde o início do genocídio perpetrado por Israel na Faixa de Gaza chega a 30.040 e o de feridos ultrapassa os 70 mil.

Os milhares de mortos em mais de 70% mulheres e crianças que pereceram sobre bombardeio por ar, mar e terra contra a população. Além disso, Netanyahu e suas hostes ameaçam atacar de forma massiva a região sulina de Rafah onde se concentram quase 2 milhões de pessoas, muitas das quais se deslocaram desde o norte e o centro sob bombardeio que não deixou de pé mesquitas, escolas, hospitais e dezenas de milhares de residências.

Segundo levantamento divulgado pela Autoridade Nacional Palestina, o ataque israelense a Gaza empurrou 85% da população ao deslocamento interno.

Os palestinos estão sendo esfomeados por um bloqueio determinado por Israel que limita o acesso da população de alimentos e até a água, além de medicamentos e fatores básicos de sobrevivência a exemplo de eletricidade e combustível, enquanto que, de acordo com estimativas da ONU, 60% da infraestrutura do enclave foi destruída.

Fonte: Papiro