Mais de cem palestinos em fila por comida são mortos pelas tropas de Netanyahu
Tropas israelenses dispararam contra milhares de palestinos que se reuniam em volta de caminhões das Nações Unidas com suprimentos alimentares nesta quinta-feira (29).
Até o momento, há mais de 104 mortos e 800 feridos (dados da Agência palestina de notícias Wafa) pelo bombardeio e tiros de metralhadora.
Fontes médicas alertaram que dezenas de feridos foram transferidos para o Hospital Al-Shifa, frisando que estes números excedem a capacidade da equipe de socorro, diante da falta de pessoal e remédios.
As hordas fascistas se aproveitaram da concentração para abrir fogo contra a multidão na rua Haroun Al Rasheed, a sudoeste da Cidade de Gaza
Ambulâncias e veículos de defesa civil foram impedidos de chegar às áreas alvejadas devido à intensidade dos bombardeios israelenses.
Para agravar a situação, conforme foi relatado, mais palestinos foram mortos atropelados acidentalmente no momento em que os motoristas tentaram desesperadamente fugir das explosões ao seu redor.
Segundo o depoimento de um militar israelense à emissora estadunidense CNN, suas tropas usaram munição pesada porque “a multidão se aproximava das forças de uma maneira que representava uma ameaça aos soldados, que responderam à ameaça com fogo real”.
As autoridades de Gaza disseram que, infelizmente, o número de vítimas deve aumentar. De acordo com a organização Programa Alimentar Mundial, as suas equipes relataram que os palestinos sofrem de “níveis de desespero sem precedentes”, enquanto as Nações Unidas alertam que 2,2 milhões de pessoas estão à beira da fome.
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) reitera que os cidadãos de Gaza sofrem com níveis sem precedentes de insegurança alimentar aguda e fome, e que as condições em Gaza se assemelham à fome. A situação é trágica, avalia a FAO, explicando que todos os habitantes de Gaza pertencem a um dos três níveis de fome, que vão da emergência à crise e ao desastre, condições que nunca havia testemunhado em nenhum país do mundo.
A FAO acrescentou que suscita preocupação é que mais pessoas passem fome em Gaza a cada dia e que ao menos 25% da população da Faixa atingiu os níveis mais elevados de classificação de fome.
Fonte: Papiro