México não deve aceitar imposições nem do FMI nem do Banco Mundial, diz Obrador
“Nem o Fundo Monetário Internacional (FMI) nem o Banco Mundial nos impõem mais uma agenda para a economia mexicana, já que somos independentes”, afirmou nesta quarta-feira (21) o presidente Andrés Manuel López Obrador (AMLO).
Segundo Obrador, “o país não teve nas últimas quatro décadas uma política econômica própria, elaborada de acordo com as suas necessidades, o que lhe causou muito dano”.
O presidente frisou que quando se entrega as rédeas da economia aos organismos internacionais, banqueiros e especuladores, se abre mão da felicidade do seu povo, como se fez em governos passados.
Agora, frisou o presidente do México, “embora o FMI, Banco Mundial e as empresas qualificadoras da dívida possivelmente não gostem da nossa política, felizmente, se há uma crise não dependemos mais deles”.
Obrador lembrou que desde quando explodiu o surto da dívida externa na América Latina, na década de 1980, o México começou a assinar cartas de intenções que o comprometiam a fazer mudanças na sua política econômica em que abria mão da soberania em troca de apoio financeiro de organizações internacionais. “Nos diziam o que fazer, nos impuseram as chamadas reformas econômicas estruturais: energética, fiscal e na Seguridade Social, que nos arruinaram”, condenou o mandatário, ironizando que nesta agenda voltada aos interesses externos, “não estava o combate à corrupção”.
As decisões adotadas pelo seu governo, avaliou Obrador, permitiram uma série de ações que melhoraram o desenvolvimento do mercado interno, a geração de empregos e a elevação dos salários, além de uma gestão equilibrada da dívida pública. “Agora somos independentes, livres e soberanos e aí estão os resultados”, frisou.
Em relação à dívida pública, o presidente apontou que hoje ela equivale a 43% do Produto Interno Bruto (PIB), nível semelhante ao registrado no início da sua gestão, em dezembro de 2018. Ressaltou que, apesar dela ter crescido a 50,2% nos anos de 2020 e 2021, devido às medidas de enfrentamento à pandemia, essa proporção já desceu ao nível atual.
Fonte: Papiro