Joe Biden em coletiva de imprensa | Foto: AP/Patrick Semansky

O presidente Joe Biden teve sua inaptidão mental apontada por um promotor independente do Departamento de Justiça. Após um ano de investigação, o promotor especial Robert Hur assegurou em seu relatório que Biden é “um velho simpático e com má memória”. O relatório de 345 páginas, divulgado na quinta-feira (8), aponta que a memória do presidente tem “limitações significativas”.

Além do questionamento de sua aptidão mental, o presidente estadunidense encontra-se também sob investigação desde que uma dezena de documentos do período em que foi vice-presidente de Barack Obama (2009 e 2017) foram encontrados em seu escritório particular no Centro Penn Biden para Diplomacia e Engajamento Global e outros na garagem de sua residência em Wilmington, Delaware.

Conforme o documento da promotoria, Biden “reteve e divulgou intencionalmente materiais confidenciais após sua vice-presidência, quando era um cidadão comum”. Entre as razões para o exonerar das acusações no caso dos documentos confidenciais estão “limitações significativas” de memória, incluindo a sua entrevista com o Gabinete do Procurador Especial e conversas gravadas com o escritor que vem escrevendo suas memórias.

Mesmo seu conselheiro especial, um republicano nomeado para o cargo pelo procurador-geral de Biden, Merrick Garland, reconheceu ao procurador que Biden não recordava quando foi vice-presidente de Obama, ou “mesmo quando seu filho Beau morreu, em 2015”

A conclusão do relatório e a gravidade da situação abalaram não só Washington como o país, impactando correligionários e aliados. O próprio Ronny Jackson, médico pessoal dos ex-presidentes Barack Obama e Donald Trump, defendeu que Biden passe por uma bateria completa de testes de sanidade antes de participar das próximas eleições. Afinal, ponderou o especialista, seus lapsos de memória, erros e equívocos frequentes levantam sérias preocupações sobre sua capacidade de comandar o país e de tomar decisões cruciais, incluindo as relativas à segurança nuclear e às relações internacionais.

O dr. Jackson destacou que Biden “precisa de mais do que apenas um teste de triagem, mas de toda uma série de testes cognitivos, objetivos, documentados e comunicados ao povo americano por seu médico”. Apesar de não estar especificando nenhuma enfermidade específica, como a doença de Alzheimer, Jackson associou os problemas cognitivos do presidente à sua idade avançada.

O presidente da Câmara, Mike Johnson, e outros líderes republicanos consideraram o relatório “profundamente perturbador”, e assinalaram que “um homem demasiado incapaz de se responsabilizar pela má utilização de informações confidenciais não é certamente adequado para o Salão Oval”.

Biden deu uma conferência de imprensa na tentativa de responder ao relatório, mas voltou a atrapalhar-se e confundiu o presidente egípcio, Abdulfatah al Sisi, e o chamou de “presidente do México”. Recentemente ele confundira Britney Spears com Taylor Swift, ao fazer referência ao calor no Brasil.

Fonte: Papiro