Derrotado na Câmara dos Deputados, Milei chora no Muro das Lamentações | Foto: Reprodução

O presidente fascista da Argentina, Javier Milei, encontra-se em Israel, onde se pronunciou a favor dos genocidas de Gaza, sob investigação da Corte Internacional de Justiça da ONU de Haia, anunciou que irá imitar Trump e transferir a embaixada argentina “para Jerusalém” e, aparamentado como crente, foi ao Muro das Lamentações para fotos

É a primeira viagem ao exterior de Milei após assumir a Presidência.

Ele também se reuniu com o presidente de Israel, Isaac Herzog – aquele que disse que não há não-culpados em Gaza, declaração devidamente anotada nos anais da CIJ – para “aprofundar as relações bilaterais”.

No aeroporto de Tel Aviv, Milei foi recebido pelo chanceler israelense, Israel Katz, aquele que exigiu o fechamento da agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA), criada pela Assembleia das Nações Unidas em resposta à Nakba de 1948, sob a alegação de que “perpetua a questão palestina”.

ENCENAÇÃO

Na ida ao Muro das Lamentações, Milei fez-se acompanhar pelo atual embaixador argentino em Israel, o rabino Axel Wahnish, tido pela mídia como seu guia espiritual na aproximação ao judaísmo, seja lá isso o que signifique.

Na descrição da CNN, “com os braços abertos e a cabeça apoiados no Muro das Lamentações, usando uma quipá, Milei rezou e, após abraçar Wahnish, chorou”.

“Ele ficou com os olhos vermelhos e passou vários minutos no muro, com a testa tocando as pedras e os braços estendidos”, registrou o G1.

Mais emoção que isso, diz-se na Argentina, só quando Milei busca orientação de seu cão morto, Conan, que, aliás, clonou.

Nesta quarta-feira (7), Milei se encontrará com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu e visitará o Museu do Holocausto. Já na quinta-feira (8), o presidente argentino se reunirá com uma comitiva de familiares de reféns em Gaza. Ele já participou de uma cerimônia de homenagem com velas aos mortos nos ataques de outubro do Hamas.

REPÚDIO PALESTINO

O anúncio, por Milei, de que mudará a embaixada argentina para Jerusalém foi fortemente repudiado pelo Hamás.

Na Guerra dos Seis Dias em 1967, Israel tomou Jerusalém Oriental e posteriormente a declarou “anexada” – pela lei internacional, é parte dos territórios ocupados pelos israelenses. Só em 2018 é que Trump mudou a embaixada dos EUA para Jerusalém, enquanto a imensa maioria dos países tem sua representação diplomática em Tel Aviv. Além dos EUA, nem meia dúzia de países mantêm embaixada em Jerusalém, entre eles, Kosovo e Guatemala.

Fonte: Papiro