Foto: Andes-SN

Após rejeitaram a proposta do governo de reajuste zero em 2024 e apresentaram proposta unificada de reposição salarial, os servidores públicos federais estão convocando um dia nacional de mobilização para o próximo dia 22 de fevereiro.

Desde dezembro, quando apresentou proposta de congelamento salarial ao funcionalismo, o governo não voltou a negociar com os servidores, que aguardam nova Mesa Nacional de Negociação. Nesta segunda-feira (5), a ministra da Gestão, Esther Dweck, afirmou que pretende marcar a reunião ainda em fevereiro, para discutir a contraproposta única apresentada pelo funcionalismo. Sem data marcada, os servidores mantêm a pressão com greves e mobilizações, em campanha salarial para “derrubar reajuste zero em 2024”.

Em proposta unificada, entidades dos servidores reivindicam reajustes divididos em dois blocos com 34,32% e 22,71%, parcelados em três anos, iniciando já em 2024, com as primeiras parcelas de 10,34% e 7,06%, conforme a categoria e os últimos reajustes concedidos. Na proposta do governo, constam apenas reajustes de benefícios para este ano, e reajuste de 4,5% em 2025 e em 2026.

Para o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), “os percentuais diminutos para 2025 e 2026, associados ao reajuste zero em 2024, não contemplam a necessidade efetiva de recomposição salarial de servidore(a)s públicos federais em atividade, aposentado(a)s e pensionistas e desconsidera as perdas históricas do período entre julho de 2010 e junho de 2023, conforme reivindicado, restringindo-se ao período do atual governo (2023 a 2026)”.

“Além disso, da forma como o governo propôs, cerca de 51% da categoria – que são o(a)s aposentado(a)s e pensionistas, além de uma parcela da categoria entre os ativos que não usufrui os benefícios assistenciais – ficaria excluída do reajuste”, ressalta a entidade.

Fonte: Página 8