Quatro trabalhadores ficaram feridos com a explosão | Foto: Reprodução

Quatro trabalhadores ficaram feridos durante acidente ocorrido na tarde desta quinta-feira (25) na Refinaria Abreu e Lima, da Petrobras, durante a manutenção do tanque de petróleo da unidade, localizada em Ipojuca, litoral sul de Pernambuco. Ainda segundo a refinaria, o acidente foi ocasionado por um “fagulhamento seguido de chama”, que foi rapidamente controlado.

Os feridos foram atendidos na própria unidade e encaminhados para avaliação médica externa. As equipes internas da refinaria foram acionadas e atuaram para controlar as chamas. 

As causas serão investigadas, e as unidades de produção da refinaria operam normalmente, sem outros impactos.

A Refinaria Abreu e Lima é uma refinaria de petróleo que se encontra em operação parcial, com autorização para produzir 100 mil barris de petróleo por dia. É também a primeira refinaria inteiramente construída com tecnologia nacional.

No último dia 18, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, anunciaram a retomada de investimentos na refinaria que, de acordo com a companhia, vai aumentar a produção de diesel e contribuir para a autossuficiência de combustíveis no Brasil.

A Fundação Única dos Petroleiros (FUP), o acidente na Refinaria Abreu e Lima foi causado pela “terceirização e desmonte” na área de segurança do trabalho promovidos pelo governo de Jair Bolsonaro e pela gestão da Petrobrás.

“É urgente que a atual gestão da Petrobrás reveja esse modelo inseguro. É preciso investir na contratação de técnicos de segurança industrial e de manutenção próprios via concurso”, afirma o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, que também é técnico em Segurança do Trabalho.

Coordenador-geral do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro PE/PB), Sinésio Pontes vai na mesma direção.

“O acidente está diretamente associado à consequência de uma política de desinvestimento que a RNEST vinha sendo submetida, o que implica assumir riscos cada vez mais graves na operação e manutenção dos maquinários e que podem, como já ocorreu, levar a morte de trabalhadores”.

Segundo a FUP, a redução dos investimentos da Petrobrás em Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SMS) nas gestões Temer e Bolsonaro teve impactos diretos na precarização de processos. Em 2014, esses investimentos atingiam U$ 2,4 bilhões e caíram para US$ 1,4 bilhão em 2022.

Fonte: Página 8