Governo marca reunião para negociar reajuste com servidores do Banco Central
Os funcionários do Banco Central saíram vitoriosos da paralisação de 24 horas que mobilizou os servidores da instituição nesta quinta-feira (11). Na mesma quinta-feira, o governo marcou para o dia 8 de fevereiro uma nova rodada de negociação com a categoria, que estava sendo reivindicada pelo Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal).
De acordo com o presidente do Sinal, Fábio Faiad, o governo se comprometeu “a apresentar uma proposta efetiva” de reajuste salarial aos servidores do BC.
A marcação da terceira rodada da Mesa Específica de Negociação, confirmada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), foi, segundo o sindicato, “resultado do sucesso” da mobilização e paralisação de mais de 70% da categoria.
O movimento “ultrapassou as expectativas, evidenciando uma adesão significativa à greve”, avalia o Sinal.
“Houve o cancelamento de dezenas de reuniões, o represamento de centenas de processos e atrasos na divulgação de informações ao mercado financeiro. As implicações operacionais desses eventos ainda estão sendo levantadas”, avaliou o Sinal em comunicado à imprensa.
“O movimento grevista foi impulsionado pela crescente insatisfação dos servidores devido à falta de interlocução produtiva com as autoridades do governo. No entanto, parece ter alcançado resultados concretos. (…) Há a garantia de apresentação de uma proposta concreta de reajuste salarial”, informou o sindicato.
Apesar da recente autorização do governo para a realização de concurso público com 100 vagas para o BC, que não ocorre desde 2013 e é uma das principais demandas dos servidores, a categoria reivindica que antes da realização do concurso haja uma reestruturação da carreira. Os funcionários do BC também querem bônus de produtividade, exigência de ensino superior para o cargo de técnico na autarquia e a alteração de nomenclatura do cargo de analista para auditor.
Fonte: Página 8