Forças da ocupação israelense invadem Gaza para perpetrar a devastação | Foto: Reprodução

“Medidas tomadas mundialmente são a única forma de deter imediatamente o contínuo morticínio, destruição e deslocamento forçado do povo palestino”, declarou o secretário-geral do Comitê Executivo da Organização de Libertação da Palestina (OLP), Hussein el Sheikh, nesta sexta-feira, ao saber da decisão da Corte Internacional de Justiça em Haia.

Hussein fez esta conclamação ao tempo em que a Autoridade Nacional Palestina (ANP), através do seu primeiro-ministro, Mohammed Shtayeh, destacou que a decisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ) se constitui no “fim da era de impunidade para Israel”.

Segundo Shtayeh, a decisão da ICJ insta os países que apoiam Israel a pararem de fazê-lo.

“A rejeição ao requerimento de Israel para que a Corte indeferisse a ação impetrada pela África do Sul tem um alto grau de importância porque coloca Israel no banco dos réus por crimes de guerra, marcando a primeira vez em que Israel tem que se colocar diante de um tribunal”, acrescentou o primeiro-ministro palestino.  

DECISÃO LIMITADA

Ele disse que a decisão foi limitada, pois “tinha a esperança de que a CIJ incluísse uma ordem pelo cessar-fogo imediato dado o sofrimento infligido ao povo da Faixa de Gaza como resultado do massacre diário que deixou dezenas de milhares de civis mortos, a maioria crianças e mulheres além da fome e epidemias alastradas, e ainda no deslocamento e na superlotação de abrigos”

Shteyeh também destacou a expectativa de a “Corte continue em suas deliberações até a emissão de uma decisão final condenando Israel pelos crimes de genocídio e limpeza étnica contra o povo palestino que tomaram vulto até chegarem a níveis sem precedentes na história mundial”.  

Ele fez coro com a declaração da OLP e denunciou Israel como “inteiramente responsável pela situação de catástrofe humanitária enfrentada pelo povo na Faixa de Gaza” e considerou “urgente o exercício de pressão sobre Israel no sentido de compelir seu governo a parar com sua agressão”.

“ISRAEL DECIDIU OCUPAR GAZA”

O secetário-geral da OLP, Hussein el Sheikh, denunciou também que o governo israelense de ocupação tomou a decisão de ocupar 20% da Faixa de Gaza a título de criar uma “zona-tampão” e para isso destrói casas aos milhares e terras agricultadas.

“Conclamamos os países todos e o Conselho de Segurança da ONU a deter estas ações de extensão da ocupação, demandando a imediata retirada de Israel de Gaza e pressionando Israel, enquanto potência ocupante a findar com sua sanha de destruição do povo palestino”, insistiu Sheikh.

Fonte: Papiro