Foto: Marcelo Casal Jr./Agência Brasil

Insatisfeitos com a falta de resposta para reivindicações da categoria e de diálogo por parte do presidente Roberto Campos Neto, os servidores do Banco Central entraram em greve nesta quinta-feira (11). Entre as reivindicações estão o reajuste nas tabelas remuneratórias e retribuição por produtividade. 

Os funcionários também defendem a exigência de nível superior para o cargo de técnico e mudança no cargo de analista para auditor. A paralisação deve durar 24 horas e, segundo o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), envolve 70% do corpo funcional. 

“A decisão de realizar a greve decorre da insatisfação dos servidores em relação ao tratamento dispensado às suas demandas, em meio a concessões assimétricas oferecidas a outras categorias típicas de Estado”, diz nota emitida Sinal.

Além disso, a entidade ressalta a “preocupação com a falta de diálogo e o alegado açodamento autoritário do presidente do BC [Roberto Campos Neto] na abordagem de questões relevantes, como a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Independência do Banco Central”. 

Ainda de acordo com o sindicato, a paralisação pode gerar um “apagão” em todos os serviços do banco, com impactos no atendimento ao mercado e ao público, incluindo cancelamento de reuniões, manutenção em sistemas e atraso na divulgação de informações.

Segundo noticiado, a manutenção do Pix pode ficar prejudicada, mas não haverá interrupções nas transações. A paralisação também pode trazer maior impacto na conclusão de projetos em curso, como o da moeda digital, o Drex, na supervisão de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Financiamento do Terrorismo e na regulamentação de ativos virtuais. 

Caso as negociações com o governo não avancem, diz o sindicato, a próxima etapa da paralisação será a entrega dos cargos comissionados de chefia, prevista para a primeira quinzena de fevereiro.

Com informações da Agência Brasil

(PL)