Assassinato de Marielle pode ser elucidado até o fim de março
Próximos de completarem seis anos, os brutais assassinatos da vereadora carioca Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes poderão ser finalmente esclarecidos em sua totalidade. Segundo informou o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, as investigações serão concluídas até o final de março, mês em que o crime ocorreu, em 2018. Com isso, os nomes dos mandantes, bem como a motivação do crime — principais pontos ainda não solucionados — poderão vir à tona.
“Esse é um desafio que a PF assumiu no ano passado. Estamos há menos de um ano à frente dessa investigação, de um crime que aconteceu há cinco anos, mas com a convicção de que ainda nesse primeiro trimestre a Polícia Federal dará uma resposta final do Caso Marielle”, declarou Rodrigues à rádio CBN nesta terça-feira (9).
No final de dezembro, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, já havia sinalizado neste sentido. “Não tenham dúvida, o caso Marielle será, em breve, integralmente elucidado”, declarou, no dia 21, quando apresentou um balanço das ações da pasta em 2023.
Naquela ocasião, Andrei Rodrigues também falou sobre as investigações: “Estes [últimos] meses [de trabalho] nos permitiram ter o otimismo e a convicção, pela qualidade do que está sendo apurado e pelo conteúdo das provas, de que daremos a resposta que a sociedade brasileira espera. Em que momento, só a equipe da investigação dirá”, apontou.
A ministra da Igualdade Racial e irmã de Marielle, Anielle Franco, declarou, pelas redes sociais que “a busca por justiça por Marielle e Anderson será sempre uma prioridade das nossas famílias. Ter autoridades comprometidas com a resolução do caso faz toda diferença. Continuaremos defendendo a memória de Marielle e multiplicando seu legado, apesar da pequenez de quem a ataca”.
Marielle e seu motorista Anderson Gomes foram executados na região central do Rio de Janeiro, na noite do dia 14 de março de 2018. Dois acusados pelos assassinatos estão presos — o policial militar reformado Ronnie Lessa, responsabilizado pelos disparos, e o ex-PM Élcio Queiroz, que estaria dirigindo o carro que perseguiu as vítimas. Ambos serão julgados pelo Tribunal do Júri, em data ainda não definida. O mandante e a razão do crime seguem desconhecidos.
Com agências
(PL)