Foto: Ricardo Stuckert

Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (20) mostra que, no final do primeiro ano deste terceiro mandato, a atuação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é aprovada por 54% da população. Os maiores índices estão no Nordeste, entre as pessoas de escolaridade e renda menor, entre as mulheres, as pessoas negras e os católicos. 

O índice total aferido se manteve igual ao medido pelo mesmo instituto em outubro. No caso da desaprovação, na pesquisa atual o presidente tem 43%, contra 42% naquele mês. Os que não sabem são 3% — eram 4% antes.

“A última rodada da pesquisa Genial/Quaest de 2023 mostra que o presidente Lula termina seu primeiro ano de mandato com o país dividido. Em um quadro estável, o trabalho de Lula é aprovado por 54% e desaprovado por 43%”, destacou Felipe Nunes, diretor da Quaest, pelas redes sociais. 

No recorte regional da pesquisa de dezembro, o Nordeste segue sendo o que tem a maior aprovação do presidente, 70%, seguido do Centro-Oeste, 51%, do Sudeste, 49%, e do Sul, 46%. Na ponta oposta, o Sul foi onde o índice de desaprovação foi maior, 51%, e o Nordeste acumulou o menor percentual, 28%. Centro-Oeste e Sudeste ficaram com 47% cada. 

Entre as pessoas com escolaridade que vai até o ensino fundamental, a boa avaliação do trabalho do presidente atinge 65%. Entre os que têm o ensino médio (completo ou incompleto), vai a 50% e os com ensino superior marcam 43%. As avaliações negativas, portanto, se concentram no estrato de maior escolaridade, com 55%; na faixa de escolaridade média, fica em 47% e em 32% entre os que têm até o ensino fundamental.

O desenho se repete no caso da renda: quanto menor os ganhos da família, maior a aprovação do presidente, mais um dado que mostra a visão positiva sobre o desempenho de Lula entre aqueles que mais sofrem com as desigualdades e são o principal alvo das políticas de emprego e renda. Entre as famílias que somam até dois salários mínimos, a aprovação vai a 64%; entre as que recebem de dois a cinco 52%, e acima de cinco salários mínimos, o índice vai a 41%. 

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No sentido oposto, as famílias de melhor renda concentram o maior percentual de desaprovação, com 55%; o segmento do meio vai a 46% e o de até dois salários mínimos fica em 33%. 

Considerando a escolha feita no segundo turno das eleições, os que votaram em Lula cravam 90% de aprovação e dentre os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), 15% julgam positivamente as ações do petista. Quem votou em Bolsonaro dá 83% de desaprovação e entre quem escolheu Lula, o índice fica em 9%. 

Gênero, raça e religião

Quando considerado apenas o sexo, a aprovação é maior entre as mulheres, 55%, contra 52% dos homens. A desaprovação, por consequência, atinge 46% dos homens e 41% das mulheres. 

Entre os que se denominam pretos, a boa avaliação atinge 63%; entre pardos, 57% e entre brancos, 49%. No caso da desaprovação, brancos somam 47%, pardos 41% e pretos 35%.

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Lula também tem índice melhor de aprovação na população com mais idade. Entre os que têm 60 anos ou mais, o percentual vai a 63%; entre 35 e 59 anos, 54% e entre os mais jovens, dos 16 aos 34 anos, fica em 50%. Este segmento acumula o maior índice de desaprovação, 47%; a faixa intermediária marca 44% e a dos 60 anos ou mais fica em 34%. 

Outro recorte feito diz respeito às religiões seguidas pela maioria dos brasileiros. Entre os católicos, a aprovação do presidente vai a 61%, enquanto entre os evangélicos fica em 41%. E a desaprovação vai a 56% entre os evangélicos e 37% entre os católicos. 

Ao todo, a pesquisa ouviu 2.012 pessoas, presencialmente, entre os dias 14 e 18 de dezembro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança da pesquisa é de 95%.

Com agências