Os líderes iemenitas exigiram a volta da ajuda humanitária à população palestina sob cerco | Foto: Divulgação

Uma multidão tomou as ruas de Sanaa, capital do Iêmen, na sexta-feira (22), em apoio ao povo palestino e repúdio ao massacre de civis pelas tropas de Netanyahu.

Os líderes iemenitas defenderam a ajuda humanitária à população palestina, brutalmente atingida pela fome, pela falta de energia e água potável e condenaram a destruição de hospitais, o assassinato de médicos e enfermeiras, além do desabastecimento de anestesia e medicamentos.

Diante da política de extermínio das forças da ocupação israelense, a liderança do Iêmen advertiu que pode vetar o trânsito de navios israelenses no Mar Vermelho frente ao criminoso cerco imposto pelo governo Netanyahu aos 2,2 milhões de pessoas que vivem na Faixa de Gaza e do morticínio de civis que já superou os 20 mil mortos e 53.688 feridos.

“As ameaças estadunidenses não nos deterão”, entoaram os manifestantes, enfatizando a determinação de impedir a navegação de embarcação que se dirija a portos israelenses. Segundo a mídia iemenita, a multidão saudou a decisão das forças armadas do Iêmen de apoiar “a qualquer custo os irmãos da Faixa de Gaza”, até que a ajuda humanitária a Gaza volte a entrar no território.

O dirigente da organização Ansarullah, Abdel Malek Badreddin al-Huzí, disse que a coligação ocidental visa proteger o Estado ocupante da Palestina e não o comércio marítimo ou a alegada liberdade de navegação. A Ansarullah apontou também que os ataques só terminarão quando “Israel cessar seus crimes e se os alimentos, remédios e combustíveis chegarem à população sitiada em Gaza”.

O exército iemenita confiscou uma embarcação comercial pertencente a uma empresa israelense, obrigando a que navios de carga ligadas a Israel façam outra rota, ainda que mais longa, em torno do Chifre da África.

Fonte: Papiro