Dilma é eleita Mulher Economista de 2023 por sua contribuição ao país
A ex-presidenta Dilma Rousseff, que hoje está à frente do Banco dos Brics, foi escolhida como a Mulher Economista de 2023 pelo Sistema Cofecon/Corecons, que congrega os conselhos federal e estaduais de Economia do país. A decisão foi tomada durante plenária do Cofecon, realizada neste sábado (9).
Segundo as entidades, Dilma foi escolhida “por sua significativa contribuição para o desenvolvimento econômico e social do país ao longo de sua carreira”.
Além disso, apontaram, “a premiação marca não apenas a celebração do mérito da economista, mas também destaca a importância de reconhecer e valorizar as mulheres que desempenham papéis relevantes na promoção do desenvolvimento com responsabilidade social”.
Outro ponto salientado é que a escolha “reflete o reconhecimento do seu legado e expertise no campo econômico, bem como seu papel fundamental na formulação e implementação de políticas que moldaram a trajetória econômica do Brasil”.
Na avaliação da deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), vice-líder do PCdoB na Câmara, trata-se de um “merecido reconhecimento ao trabalho de uma das mulheres que mais dignifica e orgulha o povo brasileiro”. A parlamentar disse, ainda, que “mesmo com toda a misoginia, machismo e mentiras com que sempre atacaram sua competência, Dilma Rousseff, mais uma vez, mostra toda a sua grandeza”.
A presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), declarou que “depois de ter sofrido o golpe com as falsas pedaladas e ter sido recém-inocentada pelo TRF-1, Dilma Rousseff ganha o prêmio de mulher economista de 2023, reconhecendo sua competência e contribuição ao desenvolvimento econômico brasileiro. Quem tem dignidade e a verdade ao seu lado, sempre triunfará”.
Nascida em 14 de dezembro de 1947, em Belo Horizonte, Dilma Rousseff formou-se em Economia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 1977. Foi perseguida, presa e torturada durante a ditadura militar. Anos depois, já no período democrático, foi secretária Municipal da Fazenda de Porto Alegre, secretária estadual de Minas e Energia do Rio Grande do Sul, ministra de Minas e Energia e da Casa Civil. Foi a primeira presidente mulher do país, exercendo dois mandatos, de 1º de janeiro de 2011 a 31 de agosto de 2016, quando sofreu o golpe que resultou em seu injusto impeachment. Desde março, é presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento dos Brics.
Em edições anteriores da premiação, foram agraciadas Tania Bacelar (2022), Esther Dweck (2021), atual ministra de Gestão e Inovação, e Denise Lobato Gentil (2020).
A solenidade de entrega da honraria ocorrerá em 2024, durante a posse da nova diretoria do Cofecon, em data a ser marcada.