O criminoso bombardeio começou nas primeiras horas do dia 1º | Foto: Said Khatib/AFP

“A retomada da agressão [israelense] contra o povo palestino na Faixa de Gaza, juntamente com a escalada de crimes cometidos pelas forças de ocupação israelenses e pelos colonos terroristas na Cisjordânia, é uma continuação dos crimes de limpeza étnica e genocídio”, afirmou o porta-voz do presidente da Palestina Mahmoud Abbas, Nabil Abu Rudeineh.

Em comunicado de imprensa nesta sexta-feira (1), Rudeineh esclareceu que tais ações “têm estado em curso desde o começo da agressão israelense contra o povo palestino e têm como objetivo deslocar o povo palestino e eliminar sua causa”. O fato, enfatizou, é que “todos estes crimes não trarão segurança ou paz a ninguém na região e devem parar imediatamente”.

“O presidente também rejeitou qualquer forma de deslocamento, enfatizando que não há solução senão reconhecer o Estado da Palestina com Jerusalém como sua capital e acabar com a ocupação das suas terras”, frisou.

Atropelando todas as solicitações de acordo, Israel pôs fim à trégua acertada com o Hamas desde 24 de novembro às cinco horas da manhã e prosseguiu com os bombardeios que já devastaram metade das moradias de Gaza. Dando continuidade às práticas fascistas, o governo Benjamín Netanyahu assumiu ter aberto fogo “contra mais de 200 alvos” nas primeiras horas do dia 1º, com o número de mortos chegando a 180 no final do primeiro dia de retomada da chacina, além de grande dificuldade de encontrar água ou alimentos, os palestinos feridos não encontram mais leitos nos hospitais.

O porta-voz presidencial apontou que diante da gravidade da situação, a “maioria dos países e suas populações em todo o mundo se solidarizam com o povo palestino, rechaçando os crimes de genocídio e castigo coletivo impetrados contra ele”.

“Os movimentos políticos e populares internacionais em todo o mundo apoiam esta posição. Regressar ao ciclo de destruição e agressão, juntamente com os padrões duplos da administração dos EUA, não trará segurança e paz a ninguém”, reiterou o responsável palestiniano.

Abu Rudeineh asseverou que o governo israelense é responsável integralmente pelos seus crimes, assim como pelas suas consequências catastróficas, ressaltando que o governo Biden tem a responsabilidade nestes crimes ao enviar mais de 14 bilhões de dólares extras a Israel e ainda apoiar o massacre com dois porta-aviões e um submarino nuclear deslocados para a região em apoio à agressão.

Fonte: Papiro