Trabalhadores franceses exigem o fim do massacre em Gaza | Foto: AFP

Convocadas pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), mais de 60.000 pessoas se reuniram em Paris, no domingo (19), para exigir um cessar-fogo e o fim do massacre iniciado no passado dia 7 de outubro pelas forças de ocupação de Israel na Faixa de Gaza.

“Estamos aqui para pedir que a paz seja colocada na agenda, para acabar com os bombardeios à população civil, para lamentar todas as vítimas, independentemente da sua nacionalidade”, afirmou a secretária-geral da maior central sindical da França, Sophie Binet.

Bertrand Helibronn, presidente da associação France Palestine Solidarité, fez alusão ao “sofrimento indescritível do povo palestino” e pediu “o fim dos bombardeios”, “das ofensivas terrestres” e a “suspensão do bloqueio” a que o território palestino é submetido.

Durante a marcha, que confluiu na central Praça da República da capital francesa, os participantes carregaram faixas e bandeiras palestinas e denunciaram os crimes do exército de ocupação israelita contra a população civil palestina, bem como a destruição das infra-estruturas de escolas, habitações e hospitais, entre outros, na Faixa de Gaza.

O Ministério da Saúde anunciou na noite desta segunda-feira que o número de palestinos mortos aumentou para 12.916, enquanto o número de feridos atingiu cerca de 32.850, desde o início da agressão israelense.

CULTURA PELA PAZ

No mesmo domingo, também em Paris, milhares de representantes do mundo da cultura e da sociedade civil realizaram uma marcha silenciosa pela paz no Médio Oriente. Os manifestantes, liderados por uma bandeira branca, atrás da qual estavam atrizes como Isabelle Adjani ou Emmanuelle Béart, junto com a atual ministra da Cultura, Rima Abdul Malak e o ex-ministro da Cultura e diretor do Instituto do Mundo Árabe, Jack Lang, saíram do Instituto do Mundo Árabe e marcharam até o Museu de Arte e História do Judaísmo.

A ministra referiu-se a “estar junto com quem participa (…) neste movimento da sociedade civil sem bandeiras, sem palavras de ordem, em silêncio, com dignidade”. Esclareceu ainda que não foi “uma marcha de silêncio, é uma marcha em silêncio”.

Fonte: Papiro