As crianças são duramente atingidas pelo ataque israelense contra civis | Foto: Mohamed Abed/AFP

O mais recente ataque, neste sábado, 18, à população civil nos campos de refugiados de Bureij e Nusseirat (que não ficam no norte, mas no centro da Faixa de Gaza) deixou mais 31 pessoas mortas

Nestes 44 dias de agressão israelense, os informes são de mais 13 mil palestinos assassinados, a maioria mulheres e crianças.

Além das mortes nestes dois campos, uma mulher e sua filha foram mortas na cidade de Khan Yunes, também neste sábado, pelas bombas e mísseis disparadas pelas forças de agressão.

Entre os locais bombardeados em Bureij e Nusseirat, há escolas, assim como registramos o bombardeio às escolas Al Fakhoura e Tal Az Zaatar, na noite anterior (com mais de 50 mortos), no campo de Jabalia.

Tudo isso, em meio à barbárie perpetrada contra pacientes no hospital Al Shifa invadido por soldados de Israel.

“As cenas eram horripilantes, corpos de mulheres e crianças estavam espalhados pelo chão. Feridos gritavam pedindo ajuda”, relata Ahmed Radwan, sobrevivente do bombardeio a Al Fakhoura, que ficou ferido, em declaração divulgada pela Associated Press.

“Corpos espalhados, alguns reduzidos a pedaços de carne, mães não conseguem reconhecer seus filhos mortos. Tornam nossas vidas em um inferno”, disse outra testemunha que pediu para permanecer anônima em depoimento à Al Jazeera.

“Dead bodies [are] scattered… pieces of flesh”, an unnamed witness told Al Jazeera. “No one can recognise their sons. Our life is hell.”

“Atacar uma escola com mísseis atirados do ar, sabendo que elas servem agora de abrigo a milhares de pessoas, é a busca de causar dano, perdas humanas, sofrimento e morte”, declarou Marwan Bishara, um colaborador da Al Jazeera.

MAIS ASSASSINATOS

Informes locais denunciam mais assassinatos somente neste sábado: ataque a dois apartamentos em um prédio de Khan Yunis deixou 26 mortos e 23 feridos. Ainda em Khan Yunis, uma casa foi destruída e 15 pessoas morreram.

Um pouco mais ao norte, na cidade de Deir Balak, uma casa foi bombardeada deixando seis palestinos mortes.

Enquanto acontece o genocídio na Faixa de Gaza, seguem os relatos de assassinatos e prisões também na Cisjordânia. Issam Al Fayed, de 46 anos foi morto em sua cadeira de rodas à entrada de Jenin nesta região da Palestina e Omar Laham, de 20 anos foi morto no campo de Deheisheh, informa a agência de notícias palestina Wafa.

Fonte: Papiro