Foto: Alex Pazuello/Secom

Além de afetar gravemente a população e o meio ambiente local, a estiagem que vem acometendo o Amazonas também traz prejuízos econômicos. Um deles está na produção de eletroeletrônicos da Zona Franca de Manaus, que tem tido dificuldades tanto para receber os insumos necessários para a fabricação quanto para escoar os produtos finais. Tais operações são feitas por transporte fluvial, inviabilizado pela seca nos rios. 

“Ar condicionado e televisão são os principais problemas no momento no nosso setor eletroeletrônico. No final do ano são os dois produtos mais procurados. Temos a produção de micro-ondas, lava-louça, computadores, celulares, tabletes, fones, mas esses dois são os produtos que temos a necessidade de escoar a produção via fluvial. Computador e celular dá para mandar por aviões”, disse, ao UOL, Jorge Nascimento, presidente executivo da Eletros (Associação Nacional de Produtos Eletroeletrônicos). 

O problema pode levar a atrasos nas entregas para o Natal. Além disso, Nascimento explica que essa situação atinge também os incentivos ficais do setor local, já que estes dependem do cumprimento de determinadas regras por parte das empresas, o que não tem sido possível devido à falta de insumos. 

Segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), os prejuízos econômicos causados na região Norte ultrapassam R$ 298,6 milhões. No Amazonas foram R$ 217,2 milhões, o que equivale a 72,7% do total. O Acre soma perdas de R$ 74,1 milhões (24,8%) e o Pará, R$ 2,6 milhões (0,8%). 

A seca fez com que ao menos 60 municípios do estado decretassem situação de emergência e fez com que comunidades ribeirinhas ficassem ilhadas.

Nesta segunda-feira (30), após dias de queda, o nível do Rio Negro voltou a subir. Foram 17 centímetros, elevando o volume para 12,87 metros. Na sexta-feira (27), o nível havia atingido o menor índice já registrado nos últimos 120 anos, com 12,70 metros. 

Com agências 

(PL)