Veneno destilado contra o ídolo do futebol argentino deve tirar votos do fascista Milei | Vídeo

No aniversário de Diego Maradona, comemorado no último 30 de outubro, apoiadores do falecido craque, eterno ídolo do povo argentino, reverberaram postagem do fascista e candidato a presidente Javier Milei, de 2016, em que este o xinga de “Mar de droga” e tenta usar referências ao nosso Rei Pelé para menosprezar o argentino.

O que deve custar ao fascista entusiasta da dolarização, da venda de órgãos humanos e do fim da escola e saúde públicas um punhado de votos a menos, depois de já ter perdido um monte, ao chamar em setembro o Papa Francisco de “comunista” e “representante do maligno”.

Como diz o samba, Milei “bom sujeito não é, é ruim da cabeça ou doente do pé”. Ele, que quer oficializar as verdinhas com a cara de George Washington no lugar da moeda argentina – diz que “em 20 anos o país vai “alcançar a Alemanha”-, decididamente detesta tudo que é argentino. Afinal, haverá algo mais argentino que o Papa Francisco e Maradona?

Maradona teve suas dificuldades, mas tinha uma profunda identidade com a Argentina – inclusive na hora do gol da ‘mão de Deus’ na vitória sobre a seleção inglesa, sobre os colonialistas das Malvinas -, tinha imenso respeito pelo presidente Fidel – o respeito era recíproco – e pelo povo cubano, e apoiava os peronistas.

Já Milei é o típico fascista de país dependente, submisso até os cueiros, entreguista – além de detestar gente e gostar de “conversar” – e se aconselhar – com um cão que já morreu, ‘Conan’, que, aliás, ele mandou clonar. Na semana passada, Milei inclusive surtou diante das câmeras, em um programa de entrevistas: ouvia vozes que “atrapalhavam sua concentração”, entre outros comportamentos bizarros.

Enquanto Milei agora desfila com os novos parças, Mauricio Macri e Patrícia Bullrich, – é a confluência do esgoto com o pântano -, o candidato peronista e ministro da Economia, Sergio Massa segue trabalhando por um governo de unidade nacional, que atraia também os radicais que têm o falecido ex-presidente Raúl Alfonsín como inspiração, e inclusive uma parte dos macristas, como o ex-prefeito de Buenos Aires, Horacio Larreta, bem como setores à esquerda do peronismo, para dar conta de enfrentar a crise que aflige a Argentina, barrar a dolarização, a privatização e a “motosserra” impenitente que almeja cortar direitos.

Massa, que surpreendeu saindo na frente no primeiro turno, com sete pontos de vantagem sobre o fascista, segundo a mais recente pesquisa, divulgada pelo jornal Clarín na terça-feira (31), aumentou para onze pontos de frente, depois da repercussão da adesão do ex-presidente Macri e da ex-candidata Bullrich ao fascista do ‘A Liberdade Avança’, Milei, amigo dos Bolsonaros.

O instituto Proyección, responsável pelo levantamento, foi um dos mais precisos nas sondagens sobre o primeiro turno. Na rodada divulgada nesta terça, Massa aparece com 44,6% das intenções de voto, contra 33,2% do fascista. Indecisos são 8,3%, os brancos e nulos são 5,9% e 7% não pretendem votar. Foram consultados 1.459 eleitores online, entre segunda e terça-feira passada, logo após o primeiro turno. A margem de erro é 2,63 pontos percentuais para cima ou para baixo.

Pesquisa da Analogías, chegou a um resultado similar, embora menos alentado, 42,4% para Massa, contra 34,3% de Milei.

Na análise mais detalhada da última pesquisa do Proyección, o que mais chama a atenção é como o voto de Patricia Bullrich se divide (ela obteve mais de 6,2 milhões de votos). Apenas 24,1% desse eleitorado agora votaria em Milei, enquanto 14,1% optaria por Massa. O restante estaria dividido entre votos em branco, nulos, abstenção ou ainda estão indecisos.

Fonte: Papiro