Equipe de resgate retira criança de escombros em Jabalia | Foto: Abed Khaled/AP

Mísseis israelenses lançados nesta terça-feira (31) contra civis no campo de refugiados de Jabalia, na Faixa de Gaza, deixaram ao menos 50 palestinos mortos, além de sete reféns, que se encontravam em mãos do Hamas. Conforme informou o grupo via Telegram, nesta quarta-feira (1º), três das vítimas são “titulares de passaportes estrangeiros”.

Foram seis ataques aéreos sob Jabaliya, que conta com mais de 116 mil pessoas registradas em uma minúscula área de 1,4 quilômetros quadrados, o que deixou mais de 150 feridos no 25º dia de guerra.

O Crescente Vermelho [a Cruz Vermelha árabe] local disse ter recuperado os corpos de ao menos 25 civis, grande parte mulheres e crianças. A devastação expõe a prática de terrorismo de Estado praticada pelas forças de ocupação, em parceria norte-america que prevê o envio de mais US$ 14 bilhões para alimentar a máquina de limpesa étnica israelense.

Os militares israelenses tentaram justificar a mortandade pelo assassinato de um comandante palestino que teria participado dos ataques de 7 de outubro, algo que foi desmentido pelo Hamas. Também teriam sido atingidos túneis subterrâneos.

O Ministério das Relações Exteriores do Catar, país que se oferece para mediar a libertação dos reféns israelenses, condenou o bombardeio e assinalou que compromete as negociações. “A expansão dos ataques israelenses na Faixa de Gaza para incluir objetos civis, como hospitais, escolas, centros populacionais e abrigos para pessoas deslocadas, é uma escalada perigosa no curso dos confrontos, que pode prejudicar a mediação e os esforços de negociação”, aponta o documento do Catar.

O Hamas ainda dispõe de cerca de 200 reféns, que propõe trocar por cerca de 5 mil palestinos em prisões israelenses, entre eles 160 crianças, segundo a própria Organização das Nações Unidas (ONU). Entre os adultos, 1,1 mil estão em prisão administrativa, ou seja, sem sequer uma acusação e por período indefinido.

Fonte: Papiro