Antony Blinken (e) em primeiro plano, é recebido com protestos no Senado dos EUA | Foto: Rolling Stones

Manifestantes interromperam o discurso do secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, no Senado pedindo “cessar-fogo agora” e o fim do apoio ao genocídio realizado por Israel contra os palestinos.

Blinken esteve no Senado para defender a aprovação de um pacote de US$14,3  bilhões para financiar o massacre perpetrado por Israel.

Logo no começo de seu discurso, o secretário de Joe Biden foi interrompido por um manifestante que pediu a interrupção do “bombardeio de áreas altamente populosas” na Faixa de Gaza.

Na terça-feira (31), Israel matou pelo menos 50 civis no campo de refugiados de Jabalia, no norte de Gaza. Essa é uma das regiões com maior densidade populacional do planeta.

“Parem de apoiar o genocídio do povo de Gaza. Cessar-fogo agora! Salvem as crianças de Gaza! Onde está seu orgulho, America?”, bradou um manifestante antes de ser levado pelos seguranças.

Mais tarde, outra pessoa defendeu o fim do apoio dos Estados Unidos ao “massacre brutal” de palestinos. “Vergonha de todos vocês! O mundo está pedindo por um cessar-fogo. O povo americano não quer apoiar essa guerra brutal. Parem a guerra! Cessar-fogo agora! Parem de financiar esse massacre brutal!”, protestou.

Uma pesquisa feita pelo Data for Progresso Poll identificou que 66% dos cidadãos americanos são a favor de um cessar-fogo na guerra de Israel contra os palestinos.

Em outro momento da defesa de Blinken sobre o financiamento à guerra, o público presente no local levantou as mãos pintadas de vermelho. O grupo gritou repetidas vezes “cessar-fogo agora!”.

Cartazes com a frase “chega de dinheiro para Israel” foram levantadas.

Antony Blinken disse em seu discurso que sabe do “sofrimento que está acontecendo enquanto falamos” e que quer, assim como os civis, “ver isso acabar”. Disse isso esquecendo que foi EUA, que vetou, isolado, a resolução no Conselho de Segurança da ONU que exigia um cessar-fogo.

Um porta-voz do governo disse que o Hamas seria o “único que se beneficiaria” com um cessar-fogo.

Algumas pessoas que se manifestaram no Senado americano usavam coletes do grupo feminista CodePink, fundado pela ativista Medea Benjamin. No dia 4 de novembro, o grupo vai realizar manifestações em diversas cidades dos Estados Unidos contra o financiamento do genocídio realizado por Israel.

Outras manifestações estão sendo realizadas por grupos de judeus que são contrários ao genocídio dos palestinos. Na sexta-feira (27), centenas de judeus ocuparam o pátio da estação Grand Central, em Nova Iorque, dizendo “não em nosso nome”.

Fonte: Papiro