Manifestantes com bandeiras da Palestina cobraram “parem com as bombas em Gaza” | Foto: WAFA

Multidão ocupou as ruas de Londres neste sábado (28) exigindo que Israel ponha fim ao massacre de civis em Gaza e que o governo britânico defenda o cessar-fogo que foi aprovado na sexta-feira (27) pela Assembleia Geral da ONU, por 120 votos a 14. O governo inglês se absteve nesta votação.

Pela terceira semana consecutiva a capital britânica foi palco de grandes manifestações como a desta tarde, com a população saindo às ruas em solidariedade ao povo palestino no momento em que Netanyahu intensifica os ataques à Faixa de Gaza, com recorde de destruição de 150 locais na sexta-feira, logo após a decisão da ONU pelo cessar-fogo imediato.

A marcha de Londres foi organizada pela Campanha de Solidariedade à Palestina (PSC) e outros grupos pró-Palestina. Partiu de Victoria Embankment ao meio-dia e terminou na Praça do Parlamento.

Os manifestantes agitaram bandeiras da Palestina e seguravam vários cartazes, alguns dizendo “Liberte a Palestina”, “pare de bombardear Gaza” e “fim do apartheid israelense”. Outras manifestações foram organizadas em outras cidades do Reino Unido, incluindo Manchester, Newcastle e Glasgow.

“Estamos marchando hoje nas situações mais horrendas”, disse Ben Jamal, diretor do PSC. “Até ontem, sabíamos que cerca de 8 mil palestinos já haviam sido mortos em Gaza, incluindo mais de 3 mil crianças”, disse Jamal.

“Ontem à noite Israel lançou um grande bombardeio e cortou todas as comunicações. Este é um ato de pura barbárie”, acrescentou Ben Jamal. “Portanto, estamos marchando hoje, sem saber quantos palestinos estão mortos, quantas crianças estão agora debaixo dos escombros”.

“A guerra deve acabar e o mundo não pode ficar parado enquanto este massacre continua”, disse à EFE um dos manifestantes, que se identificou como Ameth. “Não consigo ver as vidas inocentes de crianças e mulheres sendo mortas, para o prazer de Benjamin Netanyahu”, completou Ameth.

Entre os presentes destacou-se um grupo de judeus ortodoxos, que se destacaram na multidão usando os seus característicos “shtreimel” (chapéus redondos) e gritando palavras de ordem contra o sionismo.

“A comunidade internacional deve fazer com que isto pare agora”, que os reféns detidos pelo Hamas sejam libertados e que Israel pare imediatamente os bombardeios em Gaza, disse à EFE outra manifestante, Shona Harrison. “Falar não basta. Todo mundo está vendo o que está acontecendo, isso tem que acabar agora”, finalizou.

Fonte: Papiro