Sergio Massa vence no primeiro turno com a legenda "União Pela Pátria" | Foto: Reprodução

Conforme os jornais argentinos Clarín e Página 12 o peronista Sergio Massa, da coalizão União pela Pátria, venceu as eleições deste domingo, com seis pontos percentuais – 1,5 milhão de votos – na frente do fascista Javier Milei, do partido A Liberdade Avança, garantindo o segundo turno no dia 19 de novembro.

Massa obteve 36,8%, contra 30% de Milei, enquanto a macrista Patrícia Bullrich, do Juntos pela Mudança, ficou nos 23,83%. Dois candidatos nanicos, Juan Schiaretti e Myriam Bregman, tiveram, respectivamente, 6,7% e 2,8%.

Pela norma eleitoral argentina, se algum candidato tivesse 40% dos votos válidos e 10% de diferença sobre o segundo colocado, a eleição estaria decidida no primeiro turno.

Agora, o país ganha um tempo precioso para discutir a proposta de reconstrução peronista versus a loucura de Milei, adepto da venda de órgãos humanos, do fim do ensino e saúde públicas, do corte dos gastos públicos, da privatização e, ainda, da redução da Argentina ao mesmo status do Zimbábue, Equador e El Salvador, países que adotaram a dolarização que ele prega.

Nas primárias PASO, que consagrou a ascensão do fascista Milei, ele ficara em primeiro lugar, posição que não conseguiu sustentar. Na província de Buenos Aires, o peronista Axel Kirciloff foi reeleito com 45% dos votos, o que contribuiu para a subida de Massa na reta final.

Massa, ao mesmo tempo que é o candidato peronista, vem exercendo o cargo de ministro da Economia, buscando tirar a Argentina do buraco em que foi enfiada pelo governo anterior ao de Alberto Fernandez, o de Mauricio Macri, que gerou essa devastação ao endividar o país ao FMI e ao se submeter aos fundos abutres norte-americanos. Cuja consequência foi empurrar o país para a desvalorização cambial, inflação e pobreza.

Foi nesse quadro que o fascista Milei ascendeu meteoricamente, tentando empurrar a Argentina ainda mais para o abismo com suas propostas ultraliberais e entreguistas. Inclusive ele propõe acabar com o BC argentino – afinal, para emitir o dólar, já existe o Federal Reserve norte-americano.

Na reta final da campanha, Milei tentou manter seu impulso nas pesquisas apelando a uma corrida contra a moeda argentina, o peso. Aliás, a Argentina já viveu essa novela da dolarização, que acabou com o presidente de então, de La Rúas, tendo que fugir da Casa Rosada de helicóptero.

Milei também reuniu, em torno dele, múmias do menemismo das “relações carnais” com Washington e viúvas da ditadura Videla, inclusive, como vice de chapa, colocando uma das mais desvairadas.

Ele quer atrelar a Argentina ao Titanic de Biden, detesta o Mercosul e a China – que são os dois principais mercados do país.

Além de fascista e entreguista – o que é uma característica dos galinhas verdes dos paises dependentes – Milei tem fama de doido, aliás, desde o tempo em que era goleiro, tinha o apelido de ‘El Loco’. “Fala” com um cachorro que já morreu – que inclusive clonou -, não esconde que nunca teve uma relação íntima com pessoa alguma, odeia os pais e só confia na irmã. Um caso para psiquiatra nenhum botar defeito.

Também detesta o Papa Francisco, que acusa de “comunista”. Em tempo: o deputado Eduardo Bolsonaro foi a Buenos Aires dar seu apoio ao fascista hermano.

Fonte: Papiro