Layla Ghandour, criança palestina de oito meses é abraçada por sua mãe no hospital Al Shifa, em Gaza | Foto: Mahmud Hams/AFP

Mais de 100 artistas, incluindo Roger Waters, Charles Dance, Tilda Swinton, Mike Leigh e Michael Winterbottom (Reino Unido), Daniel Gimenez Cacho (México), Patricia Ariza (Colombia), Abel Prieto (Cuba), Jorge Coulón (Chile), Mohammed El-Kurd (Palestina), entre outros, firmaram declaração onde denunciam Estados Unidos e Inglaterra de “ajudar” os “crimes de guerra” de Israel em Gaza e exigindo que acabem com o seu apoio militar e político aos crimes de guerra de Israel.

Na declaração, intitulada ‘Artistas contra o Apartheid, divulgada no portal norte-americano The People’s Forum, cineastas, escritores, músicos pedem um cessar-fogo imediato e condenam “todos os atos de violência contra civis e a violação de direitos internacionais”.

Os artistas enfatizam sua rejeição ao ataque israelense ao hospital Al Ahli em Gaza, que deixou centenas de mortos.

A declaração também deplora a prática inaceitável do governo israelense de “varrer Gaza da face da terra” e exorta todas as pessoas guiadas pela verdade e pela consciência a se mobilizarem e acabarem com a agressão, ao tempo em que expressam seu repúdio à violação sistemática do direito internacional e crimes de guerra contra o povo palestino perpetrados por Israel há décadas.

Comprometem-se a usar as suas plataformas para protestar contra o apartheid, amplificar a consciência mundial em torno da justa causa da Palestina e desafiar as campanhas de desinformação que procuram justificar a destruição das suas terras e do seu povo.

“Comprometemo-nos a utilizar as nossas práticas artísticas e culturais como ferramentas de libertação na luta pela soberania, dignidade e autodeterminação”, concluiu a declaração que deixa uma mensagem comum: Palestina Livre.

MICHAEL MOORE

O documentarista estadunidense e vencedor do Oscar Michael Moore enviou uma carta aberta ao presidente Joe Biden, assinalando que agora é a hora de reconhecer publicamente que o apoio a Israel neste momento é parte da política dos últimos 75 anos em que “financiamos e construímos a nação de Israel como a nossa base pessoal de operações para ‘proteger’ os nossos ‘interesses’ no Oriente Médio. E, claro, esses interesses são o petróleo, a ocupação, mais petróleo, invasões, arrecadação de informações e ainda mais petróleo, e conter o Islã, as pessoas negras e outras formas de vida que consideramos “subumanas”… Não deveríamos confessar?… Acho que a maior parte do mundo apreciaria um momento de honestidade.”

Fonte: Papiro