Amsterdã foi palco de uma das maiores manifestações europeias contra o apartheid israelense | Foto: Robin van Lonkhuisen

Milhares de pessoas participaram, em Amsterdã, capital da Holanda, de uma manifestação contra os ataques de Israel ao povo palestino e defendendo a paz.

O ato começou às 14h do domingo (15) na Praça Dam, no centro histórico da cidade e foi encerrado no Westpark, em um trajeto de aproximadamente 2,5 quilômetros.

Os manifestantes pediam “Palestina Livre” e carregavam cartazes dizendo “parem com a matança”, se referindo aos ataques de Israel contra o povo palestino, que já deixou 3 mil pessoas mortas, das quais pelo menos 1000 são crianças.

Outro cartaz dizia que “a luta pela liberdade não é terrorismo”.

Os organizadores do ato afirmam que um dos objetivos é fazer com que os palestinos “sejam vistos como pessoas. A manifestação é sobre a sua humanidade e os seus direitos”.

O Centro Euro-Mediterrânico para a Migração e o Desenvolvimento (EMCEMO), que trabalha pelos direitos dos imigrantes e refugiados na Holanda, ressaltou que “a nossa manifestação é contra as políticas repreensíveis do governo israelita de extrema-direita, mas não contra os judeus. Estamos nos manifestando pela liberdade e pelos direitos dos palestinos”.

Uma das participantes, Marta, uma polonesa de 32 anos que mora em Roterdã, disse ao jornal que foi para a manifestação “para apoiar a Palestina”.

“Tenho a sensação de que não há apoio, enquanto em Gaza há quase um genocídio em curso. Isso é terrível. Também já me manifestei pela Palestina na Polônia antes. Quero que os palestinos vejam que há pessoas que os apoiam. Espero que isso lhes dê força”.

Lauryn, de 24 anos, relatou que “o Ocidente não defende o suficiente os direitos das pessoas de lá. Sinto tristeza e dor pelas vítimas inocentes Espero que possamos ser uma voz para as pessoas em Gaza que já não conseguem fazer ouvir as suas vozes devido à desconexão da internet e da eletricidade”.

Um homem chamado Ragim, de 50 anos, disse não entender “por que a história se repete. Na Segunda Guerra Mundial, os judeus foram as vítimas e agora parece que os palestinos são as vítimas. Parece que não estamos aprendendo com a história”.

O conflito na região estourou no sábado (7), com um ataque do Hamas contra Israel, que sucedeu a um ano de fortalecimento de políticas coloniais e violentas por parte do governo israelense, chefiado por Benjamin Netanyahu.

Desde então, segundo o Ministério da Saúde da Palestina, mais de 2.700 palestinos foram mortos pelo Exército israelense.

Fonte: Papiro