Criança chega ferida a hospital de Rafah, que fica ao sul da Faixa de Gaza | Foto: Abed Rahim Khatib/Anadolu Agency

Depois do chefe da ocupação israelense, Yoav Gallant, dizer que os 1,1 milhão de palestinos residentes da cidade de Gaza, ao norte da Faixa deveriam se deslocar para “salvar suas vidas”, caças israelenses bombardearam comboios de palestinos que deixavam seus lares.

O bombardeio se deu na sexta-feira, dia 13, em três localidades. Pelo menos 70 palestinos foram assassinados e 150 ficaram feridos. Depois deste massacre, muitos dos palestinos que iam rumo ao sul deram meia volta em direção ao norte, informa ainda a agência da ONU.

Os ataques ocorreram quando os civis iam ao sul e estavam atravessando o bairro de Al-Zeytoun.

O morticínio israelense em curso, com bombardeio por terra, mar e ar já matou 1.900 e feriu 8.000 dos moradores de Gaza, uma das regiões mais densamente povoadas do planeta, com 2,3 milhões de pessoas.

As informações são de que vários veículos foram destruídos e que a maioria dos mortos é de mulheres e crianças.

O governo de Israel ainda não comentou sobre a denúncia de mais este massacre, depois de qualificar sua ordem de deslocamento forçado de “passo humanitário”.

ONU CONDENA “DESLOCAMENTO EM ZONA DE GUERRA” 

“Até na guerra há regras”, advertiu o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres.

“Deslocar mais de 1 milhão de pessoas através de uma zona de Guerra densamente povoada para um lugar onde não há alimento, água ou acomodação, quando todo o território está sob cerco, é extremamente perigoso e, em alguns casos, simplesmente impossível”, declarou Guterres.

A Organização Mundial da Saúde exigiu de Israel a “rescisão imediata da ordem de evacuação de mais de 1 milhão de pessoas que vivem ao norte de Gaza”.

“Um deslocamento em massa seria desastroso para os pacientes, funcionários da saúde”, alerta a OMS.  

“Simplesmente”, diz a entidade, “com os bombardeios aéreos e fronteiras fechadas, os civis não têm lugar seguro para onde ir”.

Fonte: Papiro