Josep Borrell | Foto: BSS

Alto Representante da União Europeia para Relações Externas e Segurança [chanceler], Josep Borrell, afirmou ao portal norte-americano Politico, se referindo ao cerco total a Gaza, que “algumas das ações [de Israel] – e as Nações Unidas já o indicaram – como o corte do abastecimento de água, os cortes da eletricidade ou do fornecimento de alimentos a um grande número de civis, violam o direito internacional”.

“Sim, há algumas ações [de Israel] que não são compatíveis com o direito internacional”, reiterou. Ainda segundo ele, “o direito à legítima defesa deve ser exercido no âmbito do direito internacional”.

A declaração destoa do teor de outras manifestações desde Paris, Berlim, Bruxelas e também Londres, de apoio a Israel. Como se os acontecimentos do fim de semana em Gaza não tivessem como pano de fundo os 56 anos de recusa de Israel de desocupar as terras invadidas da Palestina, exigida pela resolução 242 da ONU; os 36 anos da Primeira Intifada; os 30 anos dos Acordos de Oslo e os 21 anos da Iniciativa Árabe de Paz. Esta, oferecendo a normalização das relações com Israel em troca da devolução do território ocupado.

Agora, a opressão sem fim sobre os palestinos – ocupação e apartheid -, explodiu sobre Israel, que nega aos palestinos seu Estado soberano e viável; que mantém milhares de palestinos na prisão, muitas vezes sem julgamento, inclusive mulheres e crianças; e que atiça as ameaças dos supremacistas ao terceiro mais sagrado local do Islã, a Mesquita de Al Aqsa.

Fonte: Papiro