Ministra do Exterior da África do Sul, Naledi Pendor | Foto: Reprodução

“A nova conflagração surgiu da contínua ocupação ilegal de terras palestinas, da contínua expansão dos assentamentos, da profanação da mesquita Al Aqsa e dos locais sagrados cristãos, e da contínua opressão do povo palestino”, afirma, em comunicado, o Departamento de Relações Internacionais e Cooperação da África do Sul, ao tempo em que chama “à cessação imediata da violência, à contenção e pela paz entre Israel e Palestina”.

A declaração expressa também que as resoluções anteriores da ONU para a Solução de Dois Estados devem ser reconsideradas e que a África do Sul “procura garantir uma paz duradoura que produza um Estado Palestino viável existindo lado a lado em paz com Israel, dentro das fronteiras internacionalmente reconhecidas de 1967, com Jerusalém Oriental como sua capital”.

“PAZ SÓ É POSSÍVEL COM SOLUÇÃO JUSTA E ABRANGENTE”

“A violência, os assassinatos, as prisões, as remoções forçadas, os assentamentos ilegais e o cerco contínuo a Gaza não contribuem para a resolução do conflito. Deve-se prestar atenção urgente à resolução de questões relativas ao estatuto final, como as fronteiras, o estatuto de Jerusalém, a libertação de presos políticos e o direito palestino de retorno”, acrescenta, enfatizando que “nenhuma paz real e duradoura em Israel, na Palestina e na região é possível na ausência de uma resolução justa e abrangente do conflito. Os israelitas, os palestinos e a região não têm nada a ganhar com a escalada das tensões, o aumento da violência, a crescente instabilidade e um conflito violento contínuo e prolongado”.

UNIÃO AFRICANA: “CAUSA DA TENSÃO É A NEGAÇÃO DOS DIREITOS DOS PALESTINOS”

Também se manifestou o presidente da União Africana, Moussa Faki Mahamat, destacando que “a negação dos direitos fundamentais do povo palestino, especialmente por um Estado independente e soberano, é a principal causa da tensão permanente Israel-Palestina”. Moussa conclamou ambas as partes a “regressarem, sem condições prévias, à mesa de negociações para implementar o princípio de dois Estados vivendo lado a lado”.

EGITO 

O Egito chamou ao exercício de autocontrole máximo para evitar mais derramamento de sangue e para proteger vidas. O Ministério das Relações Exteriores do país disse em comunicado que a continuação da violência pode levar a consequências perigosas, o que afetaria negativamente o futuro dos esforços de trégua. O Cairo pediu a Israel para parar com os atos provocativos contra o povo palestino.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Nigéria, Yusuf Tuggar, apelou à desescalada e ao cessar-fogo entre as partes em conflito. Tuggar disse que o ciclo de violência e retaliação serve apenas para perpetuar um “ciclo interminável de dor e sofrimento” para a população civil que suporta o peso de todos os conflitos.

“Estamos, portanto, apelando a uma resolução pacífica do conflito através do diálogo”, afirmou o ministro.

Já o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Argélia, na sua declaração, condenou Israel e os “ataques aéreos brutais das forças de ocupação” que estão agora sendo lançadas, descrevendo-os como uma “violação flagrante de todas as leis internacionais”.

Fonte: Papiro