Diaz-Canel no Memorial a Malcolm X | Foto: Twitter de Luís de Jesus

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, prestou homenagem a Malcolm X, que caiu combatendo a segregação norte-americana. O evento aconteceu no Memorial ao líder da luta pelos direitos civis localizado no bairro do Harlem, na cidade de Nova York.

Acompanhado pela delegação oficial que participa dos debates da Assembleia Geral das Nações Unidas, na segunda-feira (18), Díaz-Canel destacou a intensa atividade de Malcolm X como lutador pela justiça social, bem como o seu firme compromisso e solidariedade com os movimentos de libertação dos negros nos Estados Unidos.

“Viemos honrar a Malcolm X e, com ele, prestar homenagem aos nossos irmãos e irmãs de ascendência africana, ao povo dos Estados Unidos, àqueles que lutam pela justiça, contra a exploração. A todos aqueles que acreditam, como Malcolm e Fidel, que um mundo melhor é possível”, disse o presidente no emocionante evento.

“Pertenço a uma geração de cubanos que cresceu lendo e ouvindo falar sobre Malcolm X”, acrescentou.

“Vamos todos honrar a memória e o legado de Malcolm X, como um compromisso com aqueles que sofreram e ainda sofrem com a pobreza, a injustiça e a exclusão, com aqueles que sofreram e ainda sofrem como consequência do colonialismo, do neocolonialismo, do imperialismo”, afirmou Díaz-Canel no evento, no qual esteve presente Ilyasah Shabazz, filha do ativista, que acolheu calorosamente o presidente cubano e expressou que sua visita é uma homenagem à aliança construída entre Fidel e Malcolm X.

“FIDEL E MEU PAI LUTARAM POR UM MUNDO MELHOR”

A filha do lutador relembrou quando Fidel Castro foi recebido no Harlem e o momento em que conversou com Malcolm X. Apontou que o histórico Hotel Theresa, onde se encontraram, ainda existe, e que este dia 19 de setembro marca o 63º aniversário desse diálogo entre dois grandes homens. “Fidel e meu pai ousaram lutar por um mundo melhor”, afirmou.

A escritora negra Rosemarie Mealy falou do Memorial como de um espaço sagrado. “Reafirmamos os laços que unem as nossas nações”, destacou.

Como enfatizou Rosemarie, “eles nos deixaram a certeza de que o destino da humanidade não precisa estar ligado a um estado perene de opressão”.

Díaz-Canel ressaltou que Malcolm X, em sua curta vida, quebrou todos os moldes impostos pela narrativa racista e segregacionista, tornando-se um observador atento da realidade social do seu tempo e um ativista radical no seu meio.

O presidente referiu-se à forma como o combatente norte-americano mencionou a Revolução Cubana como uma referência importante e verdadeira na luta pela justiça dos povos, na sua batalha pela liberdade e independência.

“A este lugar, onde interromperam violentamente a sua vida aqueles que temiam sua visão tão clara e comprometida com o destino dos povos, a delegação cubana que está em Nova York para participar na Assembleia Geral da ONU quis vir prestar homenagem”, assinalou.

“Quando derrotarmos o bloqueio, e tenho certeza de que o derrotaremos, esse será o melhor presente que possamos dar a Malcolm X, ao povo estadunidense e ao povo cubano”, disse Díaz-Canel na cerimônia de homenagem.

Fonte: Papiro