Foto: Reprodução/Senado Federal

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, subiu 0,44% em julho em relação a junho, conforme divulgado nesta terça-feira (19) pelo BC. Em 12 meses, acumula alta de 3,12% e no acumulado do ano em 3,21%.

O resultado oficial do Produto Interno Bruto – soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, é divulgado oficialmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No primeiro trimestre deste ano o PIB cresceu 1,9% e no segundo subiu 0,9%, ambos em relação ao trimestre anterior.

Na segunda-feira (18), o Ministério da Fazenda divulgou que o PIB do Brasil crescerá 3,2% em 2023 e 2,3% em 2024.

De acordo com o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, a flexibilização da política monetária, com a queda da taxa de juros, deverá melhorar o desempenho da atividade econômica.

O Copom (Comitê de Política Monetária) decidirá na próxima quarta-feira (20) o novo patamar da taxa básica de juros, hoje em 13,25% ao ano, depois de se manter em 13,75% ao ano por cerca de doze meses, desde agosto do ano passado, com graves efeitos sobre os investimentos, as vendas e o consumo das famílias.

A redução de apenas meio ponto percentual foi considerado por vários setores muito insuficiente para alavancar o esperado desenvolvimento e a reindustrialização do país, já que os efeitos sobre a produção industrial, comércio varejista e as famílias continuam danosos.

Em julho, a produção industrial caiu 0,6% em julho sobre junho, com queda em 15 de 16 regiões pesquisadas pelo IBGE, e as vendas dos comércio, depois de três meses de recuo ou estagnação, obteve alta de 0,7% em julho frente a junho, apresentando quedas expressivas em segmentos que mais dependem do crédito, logo de juros mais civilizados, como as vendas de veículos e motos, vestuário e eletrodomésticos. Dos 10 ramos pesquisados do varejo (ampliado e restrito), apenas dois obtiveram expansão.

“Na indústria, a produção de bens de consumo duráveis e até mesmo semiduráveis e a de bens de capital são diretamente restringidas pelos níveis elevados de taxas de juros”, destaca o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial.

Em junho, o indicador teve elevação de 0,22% (índice revisado) e não alta de 0,63%, como foi divulgado anteriormente. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o avanço foi de 0,66%, desacelerando em relação a junho, na comparação anual, quando registrou 2,4%.

Fonte: Página 8