Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira | Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, cobrou mais “celeridade”, por parte do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), na autorização para perfuração de poços na Margem Equatorial para que seja verificada “a real capacidade de produção” de petróleo na região.

“Já que há um apontamento claro do próprio presidente da República de que é importante nós conhecermos as nossas potencialidades da margem equatorial, eu entendo que isso é um recado explícito e cristalino de que o Ibama deve dar celeridade a este processo”, afirmou Silveira.

O presidente Lula declarou, na segunda-feira (11), que “o Brasil não vai deixar de pesquisar a Margem Equatorial”.

“Se encontrar a riqueza que se pressupõe que exista lá, aí é uma decisão de Estado se você vai explorar ou não”, continuou. Ele ainda ressaltou que a exploração se encontrará a mais de 500 km da foz do Amazonas e 170 km da costa do Amapá. “Não é uma coisa que está vizinha do Amazonas”.

Segundo Alexandre Silveira, “o Ibama deve dar celeridade a esse processo para que nós não possamos continuar perdendo tempo na questão de diagnosticar qual que é a real capacidade de produção na Margem Equatorial de petróleo e gás e, consequentemente, seus derivados”.

Ele ainda pediu “maior sensibilidade da direção do Ibama nessa questão da margem equatorial”.

No mês de maio, o Ibama negou um pedido feito pela Petrobrás para perfurar um poço de petróleo no local, alegando não haver no planejamento garantia de proteção ambiental no planejamento.

O ministro Silveira contou que “parte do fundo social que ainda advém dessa fonte de energia que, infelizmente, ainda é necessária no planeta, que é a fonte de combustíveis fósseis, parte dos recursos advindos dessa exploração vão para financiar educação e saúde, através do fundo social”.

As declarações do ministro foram feitas em um evento em São Paulo sobre energia renovável.

Alexandre Silveira destacou que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) anunciado pelo governo Lula incluiu R$ 600 bilhões para “acabar com a pobreza energética”. Também foram anunciados R$ 73,1 bilhões para a construção de usinas fotovoltaicas (energia solar), eólicas e hidrelétricas, alternativas aos combustíveis fósseis.

Fonte: Página 8