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O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, já se reuniu com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e entregou o termo de intenção de colaboração premiada e pediu liberdade provisória.

A Polícia Federal já aceitou o pedido de colaboração premiada, que agora precisa ser analisado pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo STF.

Na quarta-feira (6), Mauro Cid foi até o STF, acompanhado de seu advogado, Cezar Bitencourt, conversar com Alexandre de Moraes sobre a colaboração.

O ministro ainda está analisando o pedido e vai decidir sobre manter Cid preso ou conceder a liberdade provisória até o julgamento.

Segundo Andréia Sadi, colunista do G1 e apresentadora do Globonews, Mauro Cid ofereceu três temas aos investigadores da Polícia Federal em sua proposta de colaboração premiada: joias sauditas, cartão de vacinação e golpe de Estado.

Cezar Bitencourt tinha falado em entrevistas que Mauro Cid colaboraria com as investigações, mas sem incriminar nenhum outro envolvido nos crimes. Com a colaboração, isso deve mudar.

O advogado confirmou, segundo o g1, que após a entrega do termo de colaboração premiada foi feito um pedido de liberdade provisória.

As revelações do ex-ajudante de ordens podem ser uma bomba contra Jair Bolsonaro, seus familiares e aliados mais próximos, uma vez que Mauro Cid esteve presente e fez parte de diversos crimes que estão sendo investigados.

Em seu celular, apreendido na investigação sobre a fraude em cartões de vacinação, a Polícia Federal encontrou conversas e documentos golpistas.

Cid também prestou depoimento sobre os planos golpistas, com ataques especificamente contra as urnas eletrônicas, que Jair Bolsonaro tentou traçar com o hacker Walter Delgatti Neto.

Também foram apreendidas dezenas de provas sobre o esquema de desvio e venda, no exterior, de joias da Presidência, assim como de sua “recompra” para que fossem entregues ao Estado brasileiro, por ordem do Tribunal de Contas da União (TCU).

Mauro Cid se distanciou da estratégia de defesa de Jair Bolsonaro quando seu pai, Mauro Lourena Cid, foi pego pela PF sendo parte do grupo que vendeu as joias e entregou o dinheiro para o ex-presidente.

Nos depoimentos simultâneos marcados pela Polícia Federal sobre as joias, Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro, o ex-assessor Marcelo Câmara e o advogado Fabio Wajngarten ficaram em silêncio.

Mauro Cid, Mauro Lourena Cid e Osmar Crivelatti, por outro lado, prestaram depoimento e ficaram horas na sede da PF. O mesmo ocorreu com o advogado Frederick Wassef.

Fonte: Página 8