Fonte: Canal/Gov

Em Teresina (PI), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou nesta quinta-feira (31) o Plano Brasil Sem Fome para devolver a dignidade a todos os brasileiros com comida no prato com metas a serem cumpridas até 2030.

A iniciativa tem como base os estudos que mostraram no ano passado que existem 33 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar no Brasil.

“O Brasil que o senhor deixou, quando presidente com a presidente Dilma, nós tínhamos tirado o Brasil do mapa da fome, tínhamos tirado o Brasil do mapa da insegurança alimentar e nutricional, tínhamos reduzido a pobreza e feito, inclusive, crescer a classe média no Brasil. O golpe, hoje certificado como golpe pelo próprio judiciário, quando tiraram a presidente Dilma, levou o Brasil a um retrocesso e a consequência daquele golpe é que a gente alcançou novamente, já em 2021, o Brasil de volta ao mapa da fome com 33 milhões de brasileiros e brasileiras. Ali, após o governo da presidente da Dilma, a última medição colocava no Brasil com apenas 22% de pobreza, e agora voltou a 46% de pobreza”, disse Wellington Dias, Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.

O evento tem a presença de ministros e governadores, representados pelo anfitrião, o governador do Piauí, Rafael Fonteles. No ato o presidente Lula assinou o Decreto de convocação da 6º Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.

Em seu discurso, Lula lembrou que o Brasil é um país rico, com muita terra e que se “plantando tudo dá”, no entanto alertou sobre o acesso que a população tem à alimentação. “O problema é que o povo não tem dinheiro para ter acesso à comida. É por isso que a gente só vai acabar com a fome de verdade quando a gente tiver garantido que todo o povo trabalhador tenha emprego”, afirmou. 

“Eu tenho obsessão de lutar contra a fome, fazer a economia brasileira crescer, gerar emprego de qualidade para as pessoas”, destacou Lula que se emocionou ao lembrar de sua trajetória de vida e da necessidade de assegurar a dignidade da população mais pobre. “Não tem nada mais sagrado que uma mãe colocar sua família em torno da mesa e ter comida farta, para a pessoa comer até encher o bucho”, completou.

Ações

O Plano possui um conjunto de 80 ações e políticas públicas de 24 ministérios para alcançar cerca de 100 metas traçadas. Nesse aspecto são três eixos de atuação:

  • Acesso à renda, ao trabalho e à cidadania
  • Alimentação adequada e saudável, da produção ao consumo
  • Mobilização para o combate à Fome

Para se otimizar os resultados, a proposta integra visa integrar os sistemas de segurança alimentar, de assistência social e de saúde. Além disso, o trabalho objetiva o aumento da renda para a compra de alimentos, a inclusão em políticas de proteção social e a ampliação da produção e do acesso a alimentos saudáveis e sustentáveis.

O respaldo ao Plano Brasil Sem Fome virá pela consolidação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN) para que até 2030 menos de 5% de domicílios estejam insegurança alimentar grave.

As ações já realizadas pelo governo Lula desde o início do seu terceiro mandato foram direcionadas nesse sentido, como “o reajuste do valor per capta do Programa Nacional de Alimentação Escolar, o novo Bolsa Família, a valorização do salário mínimo, a retomada de programas como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o próprio Plano Safra da agricultura familiar”, disse Valéria Burity, secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, em coletiva que antecedeu o lançamento do plano.

CadÚnico e Eixos

Uma das formas de chegar aos mais necessitados será por meio do Cadastro Único (CadÚnico), pois das 42 milhões de famílias no cadastro 30 milhões ganham até meio salário mínimo per capta. Assim, com os dados cadastrais será possível identificar quem são estes brasileiros e traçar políticas direcionadas a eles.

Segundo o governo, os três grandes eixos do Plano Brasil Sem Fome atuarão da seguinte forma:

EIXO 1 – Acesso à renda, ao trabalho e à cidadania

No eixo de acesso à renda, ao trabalho e à cidadania, serão integradas as políticas que envolvem o Bolsa Família, a Busca Ativa, a valorização do salário mínimo, a inclusão produtiva e a capacitação profissional, além do Programa Nacional de Alimentação no Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Também haverá um mapeamento e integração dos benefícios sociais existentes em Estados e municípios.

EIXO 2 – Alimentação adequada e saudável, da produção ao consumo

Quando se trata de alimentação adequada e saudável, o Plano Brasil Sem Fome prevê ações da produção ao consumo integrando ações envolvendo o Plano Safra da Agricultura Familiar, a segurança alimentar nas cidades, o combate ao desperdício, uma Política Agroecológica, a Política Nacional de Abastecimento, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o Fomento Rural e a formação de estoques de alimentos.

EIXO 3 – Mobilização para o combate à Fome

Na Mobilização para o Combate à Fome, o plano prevê o fortalecimento do Sisan, a adesão de estados, municípios e entes federativos, caravanas que acontecerão em todo o Brasil na campanha por um Brasil Sem Fome e a organização de uma rede de iniciativas da sociedade civil.

Assista como foi o lançamento:

*Com informações Gov/Br