Setor empresarial tem lista de prioridades para Conselho do Brics
O encontro da cúpula dos Brics, grupo de países que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, terá seu encontro anual entre os dias 22 e 24 de agosto.
Será o 15ª encontro já realizado com chefes de Estado e acontecerá em Joanesburgo, na África do Sul. O presidente Lula confirmou presença no evento.
Após o encontro, ele seguirá para agenda em Angola nos dias 25 e 26 e para São Tomé e Príncipe, no dia 27, onde participará do 14ª Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Mas antes do início oficial da cúpula, o Conselho Empresarial do Brics (Cebrics) se reúne a partir do dia 19. A delegação brasileira é organizada pelo Confederação Nacional da Indústria (CNI).
A ideia é que os empresários dos países entreguem aos chefes de Estado um documento com recomendações. De acordo com a CNI, o Conselho Empresarial é formado por 25 empresas, sendo cinco membros de cada país. Atualmente, quem compõe o Conselho por parte do Brasil são Vale, WEG, Banco do Brasil, BRF e Embraer.
O Conselho conta com nove grupos de trabalho nas seguintes áreas: agronegócio, aviação, desenvolvimento de competências, desregulamentação, economia digital, energia e economia verde, infraestrutura, manufaturados e serviços financeiros.
Abaixo seguem as dez demandas que a delegação de executivos brasileiros liderados pela CNI levará para discussão no Conselho Empresarial do Brics.
- Estabelecimento de acordo multilateral de serviços aéreos, considerando que os acordos bilaterais que já existem são restritivos para o transporte aéreo;
- Colaboração para o desenvolvimento de fertilizantes inteligentes, biofertilizantes e fertilizantes minerais, e de padrões para certificação de fertilizantes ecoeficientes;
- Desenvolvimento de padrões para 50 qualificações futuras, permitindo unificar critérios para competições internacionais e programas de treinamento entre os países;
- Criação de um fundo para financiar projetos de energia limpa no Novo Banco de Desenvolvimento (NDB);
- Cooperação para o desenvolvimento de infraestrutura digital que aumente a conectividade, inclusive em áreas remotas dos países do Brics;
- Desenvolvimento de programas de competências digitais para meninas e mulheres;
- Elaboração de carteira de projetos prioritários de infraestrutura nos países do Brics para aumentar a visibilidade de financiamento;
- Desenvolvimento de rotas comerciais com investimentos em portos de pequeno porte, ferrovias e transporte marítimo de curta distância, para diminuir a pegada de carbono;
- Criação de plataforma de colaboração entre governo, setor privado e academia para buscar soluções para novos problemas de infraestrutura;
- Harmonização de padrões de regulação para produtos manufaturados, para facilitar a incorporação nas cadeias de valor.
*Com informações CNI