Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), usado como referência para reajuste de aluguéis, mantém a trajetória de deflação em agosto, registrando queda de 0,06% na segunda prévia do índice, divulgado nesta segunda-feira (21) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV). O recuo foi, no entanto, menos intenso do que o ocorrido no mesmo período de julho, quando os preços compostos do índice recuaram 0,72%.

O IGP-M é composto de três índices que monitoram preços para o produtor, consumidor e construção. Por abarcar uma ampla a gama de produtos e serviços, é uma importante referência para a inflação.

O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) corresponde a 60% do cálculo do IGP-M e engloba os preços de commodities e bens industriais e ficou em -0,08% na segunda medição do mês (em julho o recuo foi de -1,03%). As maiores pressões sobre os preços ao produtor, que influenciaram para a queda ser menor que mês passado, partiram de soja em grão (-1,23% para 5,43%), minério de ferro (5,00% para 2,51%) e farelo de soja (-2,66% para 5,81%), junto com banana (4,56% para 7,22%) e óleo de soja refinado (3,85% para 5,71%).

“Tivemos altas importantes no chamado ‘complexo soja”, disse o economista André Braz, responsável pela pesquisa. Braz lembrou que o recente aumento nos preços dos combustíveis pela Petrobrás em 16 de agosto não foram captados pela pesquisa, o que pode contribuir para o índice voltar a subir no mês.

Já o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) teve variação de -0,12% no período, (vindo de +0,04%) e tem peso de 30% na composição do índice geral, abarcando produtos e serviços para as famílias.

Com os 10% restantes, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) não teve sua variação informada.

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