Foto: Lula Marques/EBC

O conhecido ‘tarifaço’, incentivado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), não teve o desfecho esperado por ele, além disso, o colocará no banco dos réus.

Nesta sexta-feira (14), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para tornar Eduardo réu pelo crime de coação no curso do processo.

A acusação feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta que o deputado atuou junto ao governo norte-americano para promover o tarifaço contra o Brasil, em uma tentativa de colocar o país como refém para que o seu pai, Jair Bolsonaro, não fosse condenado a 27 anos de prisão.

Além dessa interferência, Eduardo procurou coagir o curso do processo ao pedir sanções contra ministros do governo Lula e do Supremo. A Polícia Federal (PF) ficou a cargo da investigação que indiciou o filho 03.

O julgamento sobre a admissibilidade da ação começou pela manhã. O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, assim como Flávio Dino e Cristiano Zanin votaram pelo recebimento da denúncia. Com eles, já é feita a maioria. Ainda falta o voto da ministra Cármen Lúcia, que poderá fazê-lo até 25 de novembro. A outra cadeira da turma ainda está vaga após a troca feita pelo ministro Luiz Fux.

Após a conclusão dessa fase, a próxima etapa é a abertura de ação penal contra Eduardo, que está nos Estados Unidos.

Segundo Moraes, “a grave ameaça materializou-se pela articulação e obtenção de sanções do governo dos Estados Unidos da América, com a aplicação de tarifas de exportação ao Brasil, suspensão de vistos de entrada de diversas autoridades brasileiras nos Estados Unidos da América e a aplicação dos efeitos da Lei Magnitsky a este ministro relator”, afirmou.