Manifestantes em Estocolmo condenam Israel por romper cessar-fogo
“Crianças estão morrendo em Gaza”, “Escolas e hospitais estão sendo bombardeados”, “Parem o ataque ao Líbano” e “Acabem com a escassez de alimentos”, diziam faixas portadas por manifestantes que tomaram o centro da Estocolmo em solidariedade ao povo palestino atacado pelas forças fascistas israelenses na Faixa de Gaza, com ataques que prosseguem apesar da declaração de cessar-fogo.
Milhares condenavam os crimes cometidos pelos soldados da ocupação aos brados de “Israel assassino, saia da Palestina”, “Israel assassino, saia de Gaza” e “Cessar-fogo imediato, pleno e incondicional”.
Os manifestantes se reuniram no bairro de Odenplan, no centro de Estocolmo, com a participação de diversos partidos e organizações políticas suecas, além de membros do parlamento e outras figuras políticas proeminentes, e marcharam em direção ao parlamento sueco, no sábado (08).
Portando bandeiras palestinas, eles também exigiram o fim do genocídio em Gaza e alertaram que a fome deliberada e o deslocamento forçado de civis constituem graves crimes de guerra, e instaram o governo sueco e a comunidade internacional a tomarem medidas urgentes para pressionar por um real cessar-fogo imediato e garantir a entrega irrestrita de assistência humanitária.
Mattias Gardell, professor da Universidade de Uppsala, acusou o governo sueco de permanecer em silêncio diante dos crimes cometidos por Israel contra os palestinos.
Em declarações à agência Anadolu, Gardell enfatizou que o governo sueco deve tomar medidas contra o genocídio e afirmou: “Vemos como o governo israelense de extrema-direita de Netanyahu está levando os palestinos para campos de extermínio, ou seja, campos de concentração. Vemos como Israel usa a ajuda humanitária e de emergência enviada aos palestinos como isca para atirar e matar pessoas”.
“Queremos que o governo sueco se posicione contra o genocídio de Israel de acordo com o direito internacional, conforme exigido pela democracia liberal”, acrescentou Gardell.
Falando em nome dos organizadores do protesto, o professor apontou que os manifestantes exigem que a Estocolmo pare de vender armas a Israel, que as empresas israelenses que continuam a cometer genocídio sejam boicotadas e que a cooperação seja suspensa.
“Exigimos veementemente que os culpados de genocídio na Palestina sejam julgados em Haia”, frisou Gardell.
Rejeitando os apelos internacionais por um cessar-fogo, as forças genocidas israelenses sob o comando de Benjamin Netanyahu têm mantido uma ofensiva mortal contra Gaza, desrespeitando o acordo de cessar-fogo de 11 de outubro, matando 242 pessoas e ferindo 622 nesse último período. O saldo da agressão à Faixa de Gaza desde 7 de outubro de 2023 elevou-se para 69.179 pessoas e 170.693 feridos, a maioria mulheres e crianças, segundo as autoridades de saúde de Gaza.
Em novembro de 2024, o Tribunal Penal Internacional emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant por crimes de guerra e crimes contra a humanidade em Gaza.
Israel também enfrenta um processo por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça devido à sua agressão aos palestinos.
Fonte: Papiro

