Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A investigação da Polícia Federal (PF) aponta que o ex-ministro da Previdência, José Carlos Oliveira (que mudou o nome para Ahmed Mohamad Oliveira), como “pilar institucional” da fraude. Ele comandou a pasta durante o governo Jair Bolsonaro (PL).

Segundo a PF, “várias das mensagens interceptadas” geram “fortes indícios de que o esquema criminoso envolvendo o investigado José Carlos Oliveira estava em pleno funcionamento também no período em que ele era ministro de Estado do Trabalho e Previdência Social do Brasil”. 

Como diretor de Benefícios do INSS e, depois, ministro do Trabalho e Previdência, Ahmed autorizou repasses ilegais e recebido vantagens indevidas, segundo a PF.

Planilha de fevereiro de 2023 registra o pagamento de R$ 100 mil a “São Paulo Yasser”, apelido usado por ele, segundo a investigação.

Mensagens de WhatsApp mostram agradecimentos de Ahmed a Cícero Marcelino, operador financeiro do esquema, após supostos pagamentos.

A PF também identificou que Ahmed autorizou o repasse de R$ 15,3 milhões à Conafer sem a devida comprovação das filiações de aposentados à entidade. Decisão que teria reativado e ampliado a fraude, atingindo mais de 650 mil benefícios previdenciários.

“Essa liberação foi feita em desacordo com o regulamento interno e sem exigir documentos comprobatórios, o que possibilitou que a CONAFER retomasse e ampliasse a fraude de descontos em massa”, cita a decisão do STF que deflagrou a operação da PF.

Fonte: Página 8