Esquerda tem mais parlamentares influentes do que bolsonarismo, aponta levantamento
O PL de Jair Bolsonaro ainda ostenta a maior bancada no Congresso Nacional, mas partidos de base popular e de esquerda, como o PT e o PCdoB, têm, juntos, uma quantidade maior de parlamentares que exercem influência no Poder Legislativo hoje. É o que mostra o estudo “Elite Parlamentar 2025”, feito pela consultoria Arko Advice e publicado pela colunista Roseann Kennedy, de O Estado de S.Paulo.
Do total de 513 deputados, 79 deputados figuram nesse grupo; no caso dos senadores, eles são 41 de 81. Os parlamentares destacados são os que mais “negociam com o Executivo, representam grupos de pressão, operam na busca do consenso, influenciam nas decisões do Executivo ou deixam sua marca no processo deliberativo do Congresso”.
O levantamento leva em conta a atuação de deputados e senadores como líderes “formais” e “informais”. Entre estes últimos, figuram nomes como os dos deputados federais do PCdoB Orlando Silva (SP) e Jandira Feghali (RJ). Esse tipo de destaque significa que, mesmo não ocupando formalmente chefias e cargos de comando, tais lideranças se caracterizam pelo trabalho de diálogo, articulação e influência no dia a dia da Câmara e do Senado e junto ao Executivo, Judiciário e outras frentes de atuação, nos temas de maior impacto para o país.
No quadro geral, o PT tem 18 parlamentares — três a mais do que no ano passado — de uma bancada eleita de 67. O União Brasil aparece com 14 parlamentares, enquanto PL, PP e PSD aparecem com 13 cada. A sigla de Bolsonaro perdeu três em relação ao levantamento de 2024. O PCdoB tem dois de um total de nove de sua bancada. Somados os parlamentares, a Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV) chega a 20.
São Paulo é o estado com mais parlamentares nessa lista — dentre os quais o comunista Orlando Silva —, com 17, seguido por Rio de Janeiro (14) e Minas Gerais (12). O Nordeste é a região com mais, num total de 45 — Bahia e Pernambuco são os principais, com 10 e sete, respectivamente — seguido do Sudeste (44) e Norte (13).
As mulheres, como Jandira, ainda são a minoria, com um total de 13 nessa elite — elas são cerca de 11% de um total de 120.
Com informações de O Estado de S.Paulo.
(PL)




