“O Agente Secreto” é escolhido para representar o Brasil no Oscar

O filme “O Agente Secreto”, de Kléber Mendonça Filho, foi escolhido pela Academia Brasileira de Cinema como o representante brasileiro no Oscar 2026, na categoria Melhor Filme Internacional. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (15).
Para disputar o prêmio, o filme ainda precisará passar pela seleção feita pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, que promove o Oscar.
Pelas redes sociais, o diretor celebrou a indicação: “Como falei semana passada, a campanha de ‘O Agente Secreto’ começou em maio, no Festival de Cannes. Agora, continua mais forte do que nunca. Obrigado comissão pela confiança”.
O prefeito João Campos, do Recife — onde se passa o filme — também se manifestou: “Orgulho imenso ver o talento de nossa terra brilhar no mundo e mostrar a força da nossa cultura”.
Outros importantes e destacados filmes concorreram para representar o Brasil: “Manas” (Marianna Brennand); “O Último Azul” (Gabriel Mascaro); “Baby” (Marcelo Caetano); “Kasa Branca” (Luciano Vidigal) e “Oeste Outra Vez” (Erico Rassi).
Trilhando o caminho de sucesso tal qual “Ainda Estou Aqui” (Walter Salles) — que deu ao Brasil seu primeiro Oscar na categoria de Melhor Filme Internacional —, “O Agente Secreto” tem sido premiado em importantes festivais e vem desempenhado uma bela campanha de divulgação.
Entre os prêmios já recebidos pela produção pernambucana estão os de melhor direção e melhor ator, para o protagonista Wagner Moura, na 78ª edição do Festival de Cannes, na França, neste ano. Também foi selecionado para outros 20 importantes festivais internacionais, entre os quais o de Toronto (Canadá) e o de Telluride (EUA). Recentemente, a revista americana Variety apontou que o filme pode superar “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, no Oscar.
Enredo
O filme é um triller político que se passa no Recife de 1977, durante o período autoritário, e retrata a trajetória de um jovem recrutado pela ditadura militar brasileira como informante e espião, costurando questões históricas e políticas com elementos de suspense.
Além de Moura, o filme conta outros grandes nomes do cinema e da TV brasileira e também internacional, entre os quais Alice Carvalho, Tânia Maria, Carlos Francisco, Maria Fernanda Cândido, Udo Kier, Hermila Guedes, Thomás Aquino e Gabriel Leone.
O longa recebeu apoio do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), mecanismo gerido pelo Ministério da Cultura e pela Agência Nacional de Cinema (Ancine), responsável por impulsionar o setor audiovisual brasileiro com financiamentos públicos. O lançamento no Brasil está previsto para 6 de novembro.