Foto: Dênio Simões/Agência Brasília

O desemprego no Brasil segue com uma taxa mínima histórica, que vem se sustentando e demonstra a continuidade da recuperação do mercado de trabalho proporcionada pelo governo Lula, após anos preocupantes sob Temer e Bolsonaro. Soma-se ao atual cenário positivo – apesar dos juros elevados impostos pelo Banco Central – a alta na renda do trabalhador, que também se mantém em nível elevado.

De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgados nesta terça-feira (30), a taxa de desocupação no trimestre encerrado em agosto ficou em 5,6%, o que repete o menor nível da série histórica registrada no trimestre encerrado em julho deste ano. Este é o menor patamar da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. No mesmo trimestre do ano passado, a taxa estava em 6,6%.

Com isso, o Instituto indica que são 6,1 milhões de pessoas em busca de emprego, o menor contingente da série histórica. Isso representa uma redução de 605 mil pessoas nesse contingente desde o trimestre encerrado em maio, e 1 milhão a menos de pessoas desocupadas desde o mesmo trimestre de 2024.

Já os ocupados são 102,4 milhões no trimestre até agosto, um aumento de 0,5% (mais 555 mil pessoas) em comparação ao trimestre até maio e de 1,8% (mais 1,9 milhão) em relação ao mesmo trimestre de 2024, conforme a pesquisa.

“Com esse resultado, o nível da ocupação, que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, ficou em 58,1%, e se manteve no patamar mais alto da série histórica, com aumento de 0,2 p.p. frente ao trimestre até maio e de 0,6 p.p. em relação ao mesmo trimestre de 2024”, diz o IBGE.

A Pnad ainda mostra que os empregados com carteira assinada no setor privado (excluindo trabalhadores domésticos) também marcou recorde ao chegar a 39,1 milhões de pessoas.

“O mercado de trabalho aquecido proporciona uma alteração do perfil das contratações, pois com menor disponibilidade relativa de mão de obra, as contratações somente acontecem com mais benefícios para os trabalhadores, como a carteira assinada, por exemplo”, diz William Kratochwill, analista da pesquisa.

Renda

As boas notícias trazidas também se refletem na renda dos trabalhadores. De acordo com a pesquisa, o rendimento médio do trabalhador brasileiro chegou a R$ 3.488 no trimestre até agosto.

O resultado apresenta estabilidade frente a maio e tem alta de 3,3% em relação ao mesmo trimestre de 2024.

Este valor representa o segundo maior da série histórica, sendo muito próximo do maior valor já registrado. A máxima foi alcançada no final de junho, quando ficou em R$ 3.490.

Novos empregos

Os dados trazidos na Pnad corroboram as informações do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), que na última segunda-feira (29) divulgou que no mês de agosto foram criados 147 mil novos postos de trabalho com carteira assinada.

Com isso, o Brasil alcançou a criação de 1,5 milhão de empregos formais em 2025.