“A pressão dos EUA sobre a Venezuela é inadmissível”, declara a Rússia

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse em coletiva de imprensa que aquilo que EUA faz contra Venezuela é “totalmente inaceitável”
“A ação do Ocidente em relação às nações que desejam implementar sua própria política é absolutamente inadmissível,” disse Zakharova. “Essa pressão está sendo exercida abertamente, contra a Venezuela.”
“É uma pressão descarada em todas as frentes que é exercida sobre a Venezuela, mesmo do ponto de vista das manipulações políticas,” disse a porta-voz russa. Para Zakharova, a escalada americana das tensões contra a Venezuela é um perigo para a estabilidade e segurança regional e internacional.
Washington enviou mais de 4000 fuzileiros navais, navios de guerra e submarinos para o sul do mar do caribe, na costa da Venezuela, com a desculpa de que estão combatendo o narcotráfico na região. Apesar de 90% dessas drogas atravessarem a fronteira dos EUA pelo Oceano Pacífico, não pelo Atlântico, onde a costa da Venezuela se encontra.
Em 7 de agosto, a procuradora-geral de Trump, Pamela Bondi, havia anunciado uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à prisão do presidente venezuelano Nicolás Maduro.
Agora, além de cercar a costa venezuelana, Trump enviam um contingente de caças F-35 para o país próximo à Venezuela, Porto Rico, cujo governo é inteiramente submisso aos interesses trumpistas.
O governo da Venezuela rejeitou as acusações de narcotráfico e acusou o governo de Donald Trump de inventar desculpas para escalar uma intervenção contra a Venezuela.
A Venezuela possui as maiores reservas de petróleo do mundo, mais um dos alvos para a política intervencionista de Trump que já ameaçou ocupar o Canadá e a Groenlândia, ricos em minérios, um interesse da indústria bélica americana.
O governo venezuelano, em uma medida de resistência contra a agressão dos EUA, convocou um destacamento nacional venezuelano da Milícia Bolivariana, com mais de 8 milhões de seus cidadãos alistados, para defender a soberania de seu país contra intervenção externa e unidades militares que irão fazer operações em 5336 comunidades.
Fonte: Papiro