Representante russo Polyansky condena plano genocida de Netanyahu | Foto: ONU

Durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU no domingo (10), convocada após o genocida Netanyahu anunciar que as tropas israelenses lançarão uma operação de ocupação total de Faixa de Gaza, o representante da Rússia nas Nações Unidas, Dmitry Polyansky, acusou Israel de ignorar as lições do Holocausto e violar o direito internacional ao planejar tomar o controle da Cidade de Gaza.

“Condenamos firmemente a intenção do governo de Netanyahu de tomar Gaza”, afirmou Polyansky, alertando que a decisão agravaria a crise humanitária em Gaza, prejudicaria a viabilidade da solução entre Israel e Palestina e equivaleria ao reconhecimento formal de um regime de ocupação.

Polyansky expressou perplexidade ao destacar que o povo judeu, tendo sobrevivido ao Holocausto, agora esteja colocando os palestinos “em guetos” e buscando sua completa destruição.

Ele criticou Israel por ignorar os apelos internacionais e as solicitações feitas pelos familiares dos reféns mantidos pelo Hamas.

O diplomata russo culpou o ministro das Relações Exteriores israelense, Gideon Sa’ar, de agir com “lágrimas de crocodilo” ao demonstrar preocupação pelos prisioneiros, ao mesmo tempo em que o gabinete aprovava a operação militar de ocupação total de Faixa de Gaza que, deixou claro, eliminaria qualquer possibilidade de libertação dos reféns com vida.

O Gabinete de Segurança de Israel aprovou  na quinta-feira passada a proposta de Benjamin Netanyahu de expandir novamente sua operação militar dentro da Faixa de Gaza e assumir o controle total do importante centro populacional de Gaza, decisão que provocou que o Conselho de Segurança da ONU se reunisse na manhã de domingo em Nova York.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, descreveu a situação como uma “escalada perigosa e corre o risco de agravar as consequências já catastróficas para milhões de palestinos, podendo colocar ainda mais vidas em risco, incluindo as dos reféns restantes”.

O chefe da ONU alertou que essa nova escalada levará a mais deslocamentos forçados, assassinatos e destruição em massa, exacerbando o sofrimento inimaginável da população.

Fonte: Papiro