Foto: ABC/SBPC

A Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) publicaram, na quarta-feira (30), uma nota criticando as sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos contra o Brasil e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

As entidades científicas manifestaram “repúdio às sanções unilaterais impostas pelo governo dos Estados Unidos da América ao Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com base na chamada ‘Lei Magnitsky’”.

“Consideramos tal medida uma inadmissível ingerência em assuntos internos do Brasil e um ataque direto a um membro da mais alta Corte do país, guardiã da Constituição Federal e dos princípios democráticos nela consagrados”, diz a nota.

A ABC e a SBPC consideram que Alexandre de Moraes “vem executando suas funções jurisdicionais de maneira rigorosa para resguardar os interesses da nação e a medida imposta hoje pode ser considerada não só um constrangimento pessoal, mas também uma tentativa de cerceamento do Poder Judiciário e do Estado Democrático de Direito, conquistas pelas quais lutamos e que são veementemente defendidas pela sociedade brasileira”.

“Por isso, a ABC e a SBPC vêm a público manifestar sua solidariedade ao Ministro Alexandre de Moraes, no pleno exercício de suas funções, e reafirmar à sociedade brasileira que a comunidade científica continuará comprometida com a defesa dos mais elevados valores éticos, democráticos e soberanos que estão tão bem representados em nossa Constituição e que compõem a nação brasileira”, continua a nota.

As duas entidades também criticaram as taxas de 50% anunciadas por Donald Trump contra os produtos brasileiros, “que prejudicam setores essenciais da economia nacional e que tentam enfraquecer a nossa soberania”.

O ataque à soberania se dá porque Donald Trump coloca como condição para a retirada das taxas o fim do processo em que Jair Bolsonaro é réu no Supremo por tentativa de golpe de Estado.

Fonte: Página 8