Husam Al Adlouni e Fadi Khalifa foram mortos em menos de 24 horas | Foto: Redes Sociais

O exército israelense assassinou mais dois jornalistas na Faixa de Gaza, elevando para 231 o número de profissionais da categoria mortos desde 7 de outubro de 2023, início da invasão sionista sobre a região palestina.

Repudiando o banho de sangue cometido pelas tropas de Benjamin Netanyahu o Sindicato dos Jornalistas Palestinos apontou que “a ocupação israelense segue uma política sistemática de ataques contra profissionais e instituições de mídia, em flagrante violação de todas as convenções internacionais que garantem sua proteção durante conflitos armados”.

Citando fontes médicas de Gaza, a agência de notícias palestina WAFA informou que o jornalista Hussam al-Adlouni foi morto junto com sua esposa e três filhos em um ataque israelense a um acampamento para deslocados em Al-Mawasi, no sul de Gaza. A força de ocupação e extermínio havia declarado a área como “zona segura.

O jornalista palestino Fadi Khalifa foi morto em um ataque enquanto inspecionava sua casa no bairro de Al-Zeitoun, a sudeste da Cidade de Gaza.

O relatório apresentado pelo Sindicato sustenta que esta sequência de assassinatos constitui um novo crime, somando-se ao histórico lamentável de Israel contra membros da imprensa palestina, enquanto o regime sionista tenta silenciar vozes livres e ocultar a verdade.

“O assassinato de jornalistas e profissionais de mídia na Palestina é uma estratégia deliberada do governo de Israel para tentar impedir que o mundo saiba com ainda mais detalhes e informações sobre o horror do genocídio praticado pela política fascista de Netanyahu”, destacou o secretário de saúde e segurança da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Norian Segatto. “Ao atacar os mensageiros, isto é, os e as jornalistas, Israel quer matar a verdade para que os crimes de guerra não venham à tona. A Fenaj, seus sindicatos e os jornalistas brasileiros acompanham com muita preocupação a escalada de mortes de profissionais de imprensa promovida por Israel”, acrescentou.

JORNALISTAS PRESOS DENUNCIARAM TORTURAS

Semanas atrás, vários jornalistas palestinos libertados de prisões israelenses denunciaram as torturas e abusos a que foram submetidos nos últimos meses.

Em 2024, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) concedeu o Prêmio Guillermo Cano aos profissionais de imprensa que cobrem o conflito em reconhecimento ao seu trabalho.

Os assassinatos, somados à proibição israelense à entrada de jornalistas estrangeiros na Faixa de Gaza, dificultam muito a cobertura dos massacres que Israel continua a perpetrar em Gaza, onde mais de 58.000 pessoas já morreram, a maioria mulheres e crianças, e outras 138.520 pessoas ficaram feridas.

Fonte: Papiro