Bolsonaristas louvam Trump

Os bolsonaristas se isolaram no aplauso a Donald Trump pela tarifa de 50% aos produtos brasileiros e tentaram explicar a medida absurda responsabilizando a Justiça brasileira.
Segundo notícias, Bolsonaro está se desgastando com apoio a Trump e seus aliados querem blindá-lo.
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), autoexilado nos EUA, usou as redes sociais para pedir que brasileiros agradeçam ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pela imposição de tarifas de 50% sobre todos os produtos brasileiros.
Mais cedo, na quarta-feira, a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara aprovou moção de louvor a Donald Trump (REQ 121/25), a pedido dos deputados Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Gustavo Gayer (PL-GO) e Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP).
Na noite de quarta-feira (9), o filho “03” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comemorou a decisão do governo estadunidense.
“Povo Brasileiro, vamos fazer o mundo ouvir a nossa voz. Coloque o seu agradecimento ao Presidente Donald Trump abaixo e vamos rumo à lei Magnistky! THANK YOU PRESIDENT TRUMP – MAKE BRAZIL FREE AGAIN – WE WANT MAGNISTKY!”, escreveu, em letras maiúsculas, numa demonstração cabal e vergonhosamente contra os interesses do Brasil.
Segundo Eduardo Bolsonaro, a medida é resultado do “lobby que realiza desde o início do ano” com autoridades estadunidenses para pressionar o governo brasileiro.
“Nos últimos meses, temos mantido intenso diálogo com autoridades do governo do presidente Trump — sempre com o objetivo de apresentar, com precisão e documentos, a realidade que o Brasil vive hoje. A carta do presidente dos Estados Unidos apenas confirma o sucesso na transmissão daquilo que viemos apresentando com seriedade e responsabilidade”, escreveu em nota o parlamentar.
O deputado se aliou a Trump no ataque ao governo do presidente Lula (PT) e o STF (Supremo Tribunal Federal). Para ele, o STF viola direitos humanos e o atual presidente “aprofundou-se em uma sequência de desastres diplomáticos antiamericanos”. “Nada disso teria ocorrido sob a presidência de Jair Bolsonaro”, completou.
Apesar de celebrar a tarifa ampla, Eduardo se contradisse ao afirmar que o objetivo inicial dele era impor sanções individuais, focadas no ministro Alexandre de Moraes. “Desde o início de nossa atuação internacional, buscamos evitar o pior, priorizando que sanções fossem aplicadas de forma individualizada, com foco no principal responsável pelos abusos: Alexandre de Moraes”, declarou.
Desde o início do ano, Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos. A licença do parlamentar vai até o fim de julho, quando a Câmara dos Deputados estará em recesso.
Fonte: Página 8